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“EUA 0 x 1 Ebola”, diz um jornal mural na Libéria - James Giahyue/Reuters
“EUA 0 x 1 Ebola”, diz um jornal mural na Libéria - James Giahyue/Reuters| Foto:

O médico oncologista Siddhartha Mukherjee é mais conhecido pelo livro O Imperador de Todos os Males – Uma Biografia do Câncer (Companhia das Letras), vencedor do Prêmio Pulitzer em 2011. Na última semana, ele escreveu para o jornal The New York Times sobre qual seria a melhor forma de quarentenar (sim, existe um verbo para “estar de quarentena”) pacientes contaminados pelo vírus ebola. Para Mukherjee, as três opções (leia abaixo) consideradas até o momento pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), nos EUA, têm “falhas cruciais”. O médico sugere então que o conceito de quarentena, que é medieval (data do século 14), seja repensado.

As falhas

Banir os voos da África Ocidental, na opinião de Mukherjee, tornaria ainda pior a crise humanitária e médica vivida pela região, pois dificultaria o acesso da ajuda às áreas que mais precisam dela. Escanear as pessoas com febre pode ser um método eficiente, mas febres baixas são facilmente camufladas por antipiréticos. “Mais importante, quando um portador do vírus ebola tem febre, ele já está na fase infecciosa e pode expor muitos outros à doença”, explica o médico.

A proposta

Entre as alternativas existentes para lidar melhor com a epidemia do ebola, o indiano Siddhartha Mukherjee sugere uma: a reação em cadeia da polimerase (PCR, na sigla em inglês), “uma reação química que multiplica por um milhão os fragmentos dos genes de um vírus encontrados no sangue, tornando infecções identificáveis antes que haja sintomas”. O exame precisa de “uma colher de chá de sangue”, a ser transportado em gelo até um laboratório, e o resultado leva algumas horas para ser conhecido. O preço do exame é algo entre US$ 60 (R$ 144) e US$ 200 (R$ 480),

3 medidas foram consideradas pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), nos EUA, para lidar com a epidemia do ebola: 1) impor restrições drásticas em viagens partindo dos países afetados; 2) escanear os viajantes com um termômetro para detectar quem tem febre – algo que o governo americano já começou a fazer; e 3) isolar todos os pacientes suspeitos de contaminação e monitorar, em quarentena, todos os que tiveram contato com eles.

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