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Rússia insaciável
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Primeiro as investidas do presidente russo Vladimir Putin contra o território alheio lhe garantiram Georgia e Crimeia – mas o mundo aceitou, embora com ressalvas, pois a Rússia não pode ser facilmente riscada do mapa mundi diplomático. Agora, a Rússia infiltra-se pelo leste da Ucrânia. Mas infiltração não é invasão, certo? No entanto, esse sinal de alerta é um tanto mais difícil de ser ignorado – se o Ocidente não enfrentar Putin agora, corre o risco de encontrá-lo em sua porta. Esse é o questionamento levantado em artigo da revista britânica The Economist, que em sua capa mostra a Rússia como um urso prestes a devorar a Ucrânia.

Razões para temer

O texto da Economist analisa os últimos movimentos de grupos pró-Rússia, que tomaram prédios do governo nas cidades de Slaviansk e Gorlivka e o discurso russo de que não tem responsabilidade alguma sobre os atentados. Diplomatas russos alegam que a instabilidade no país vizinho não é de seu interesse, argumento plausível. Mas, em análise mais aprofundada, o Kremlin teria boas razões para temer as manifestações pró-Europa que conseguiram derrubar o presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

Precedentes

Putin está usando a crise na Ucrânia para abrir precedentes perigosos, como reivindicar o direito de intervir para proteger falantes da língua russa e descumprir o acordo de respeitar as fronteiras da Ucrânia. Sendo assim, o Ocidente deve agir no sentido de mostrar que tais ações podem ser bem custosas para a Rússia, seja através de intervenção militar, seja por meio de sanções de caráter político.

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