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De 2004 a 2016, sistematicamente, a indústria foi o setor de pior desempenho no Brasil. Isso aconteceu porque as políticas econômicas exclusivamente estimulavam o consumo, mas não havia nenhum tipo de estímulo a produção. O resultado: produzir no Brasil foi ficando cada vez mais caro, na medida em que os salários subiram mais que a produtividade, e as fábricas começaram a fechar. Em vez de produzir no Brasil, saia mais barato importar os produtos de fora. O grande problema é que, obviamente, quando as fábricas fechavam, as pessoas que trabalhavam ali eram mandadas embora. Ao ficarem desempregadas, elas não tinham mais renda para consumir. Quando elas não consumiam, outras empresas deixavam de vender e, à medida que vendiam menos, deixavam outras pessoas desempregadas. Isso criou um círculo vicioso, que foi um dos componentes que levou à crise econômica brasileira. A boa notícia é que esse quadro foi revertido. Algumas coisas fizeram com que a competitividade da indústria voltasse, inclusive a própria recessão, que colaborou para a redução dos custos de produção.Além disso, o nível do dólar em relação ao real torna o Brasil mais competitivo, assim como medidas como a reforma trabalhista, que impulsionam o setor. O resultado de tudo isso: no ano passado, a indústria teve o melhor resultado desde 2010. é muito cedo para ter certeza, mas se o Brasil continuar fazendo as reformas que são necessárias, o próximo ciclo econômico vai ser apoiado em consumo e produção. Se isso for verdade, a gente provavelmente consegue sustentar um ciclo de crescimento mais forte e mais longo do que o acumulado no período entre 2004 e 2010.

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