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No mês das mulheres, o nosso 7 X 1
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Esse mês a Fuvest divulgou suas listas de leituras obrigatórias para os próximos três anos. Apenas uma escritora estava entre os autores selecionados. Coisa triste.

Minimizar a importância disso é tapar o sol com a peneira, convenhamos. Mas não dá para sofrer nosso março sem ver quanta coisa boa acontece por aí. O mês começou bonito para as mulheres da literatura e ainda há muito por vir. Várias notícias colhidas dentro e fora de Curitiba são bons exemplos desse cenário. Por isso, resolvi postar sete delas.

Eis o nosso sete a um!

1 .Festival Literário: [eu sou poeta]

Amanhã, às 10 horas, começa em São Paulo o Festival [eu sou poeta], com o objetivo de combater a invisibilidade da produção poética das mulheres. Debates, oficinas e clubes de leitura fazem parte da programação do evento organizado por 11 poetas de diferentes cidades. A Lubi Prates, do Leia Mulheres de Curitiba, representa a capital das araucárias 🙂

De outros cantos, tem a Ana Rüsche, Francesca Cricelli, Jeanne Callegari, Juliana Bernardo, Karine Kelly Pereira (São Paulo), Jéssica Balbino (Poços de Caldas), Lubi Prates (Curitiba), Maíra Mendes Galvão (Brasília), Nina Rizzi (Fortaleza), Pilar Bu (Goiânia) e Renata Corrêa (Rio de Janeiro). Lindo, né?

O evento acontece na Biblioteca Alceu Amoroso Lima e mais informações podem ser conferidas aqui, aqui e aqui.

2. Svetlana Alexievich entre a gente

Outra notícia boa que veio bem no mês das mulheres foi a divulgação do primeiro nome confirmado para a Flip deste ano: Svetlana Alexievich!

A vencedora do Prêmio Nobel de Literatura do ano passado virá para o evento que acontece entre os dias 29 de junho e 3 de julho, segundo a Companhia das Letras, que lançará em abril a tradução para português de “Vozes de Tchernóbil” e, em junho, “A guerra não tem rosto de mulher”.

A propósito,a Revista Piauí desse mês nos adiantou alguns trechos. Vem ver 🙂

3. Relevo Especial Mulheres da Geração Beat

Talvez vocês se lembrem de quando falamos das mulheres da Geração Beat. Ainda pouco conhecidas – apenas Diane Di Prima foi traduzida para o português  -, elas pertenceram à geração de Jack Kerouac e Allen Ginsberg, mas não receberam o mesmo prestígio dos homens da época por todos aqueles velhos motivos que a gente já imagina.

Esse mês,o Jornal Relevo lançou na Escola de Escrita uma edição especial sobre as mulheres da Geração Beat, coeditada com a Miriam Adelman e seu núcleo de estudos de Humanas da UFPR, do qual faz parte também a Emanuela Siqueira, do Leia Mulheres Curitiba.

Na próxima terça-feira (23/03), o Vox Urbe, projeto do WNK Bar que promove a literatura na cidade, será sobre esse bonito trabalho. O evento começa às 21h e a entrada é R$ 8.

A edição virtual do jornal pode ser conferida nesse link. E aqui tem mais informações sobre o evento de quarta.

4. Semana da Mulher UFPR

E a Semana da Mulher do Centro Acadêmico de Letras da UFPR já tem data: dias 22, 23 e 24 de março. A professora e escritora Luci Collin está entre as confirmadas e fará uma palestra sobre Literatura Feminina baseada em dois contos de A Árvore Todas (2015) e Acasos Pensados (2008), ambos de sua autoria.

No Facebook do evento, há mais informações.

5. Leia Mulheres Ana Cristina César

Também na semana que vem tem Leia Mulheres Especial Ana Cristina César, a poeta que será homenageada pela Flip deste ano. O encontro é dia 23 de março, das 19h às 21h, na Escola de Escrita. Uma boa ideia é sair de lá e correr para o Vox! 😉

6. Lançamentos
(tópico combo)

Outra boa nova quem traz é a Boitempo Editorial. Por ela chega ao mercado esse mês a primeira edição em português da obra Reivindicação dos direitos da mulher, da escritora e filósofa feminista Mary Wollstonecraft, que, diga-se de passagem, era mãe da Mary Shelley, autora de Frankenstein.

No livro, concebido em pleno Iluminismo, a autora defende que a mulher não é inferior aos homens por natureza, como muito se defendia na época, e reivindica a igualdade com base na razão. O trabalho é uma das principais obras feministas.

Também chega às livrarias esse mês O Papel de Parede Amarelo, da escritora estadunidense Charlotte Perkins Gilman. Quando a obra foi escrita, no século XIX, ainda era vista por muitos apenas como uma boa novela de horror – o que já não era pouca coisa.

Com o tempo, o trabalho passou a ser estudado como um completo tratado sobre a opressão sofrida pelas mulheres.

Conceituado como um dos maiores clássicos da literatura feminista, ele agora foi traduzido no Brasil pela José Olympio, do Grupo Editorial Record.

E tem novidade no cinema? Tem sim senhor!

A intersecção entre as obras de Alice Munro e Pedro Almodóvar dá um post inteiro e em breve falarei sobre isso no blog. Mas nesse post vou me ater a apenas uma notícia a esse respeito, porque ela já rende muita emoção: o filme Julieta, baseado em um conto do livro Fugitiva, da escritora que venceu o Nobel em 2013, acaba de ser lançado – embora não tenha chegado ao Brasil ainda. Dirigido pelo diretor espanhol, o longa tem tudo para ser bom!

7. Sarau do Marianas
Caso não se incomodem (e eu sei que vocês são tranquilos), quero também falar de um evento que já passou mas precisa entrar nessa lista: o Sarau do Marianas, do dia 8 de março. O Marianas é um coletivo bem legal de mulheres que escrevem em Curitiba, idealizado pela poeta Andréia Gavita. Vale a pena ler mais sobre elas. Clica aqui.

 

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