A Agache o que é de Agache

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Além do futebol, mais do que nunca política é assunto em boteco. Com os sabichões de sempre, de plantão, os donos da verdade. Mas, como no futebol, eles costumam pisar na bola. Caso recente: depois de encher a bola de um ex-prefeito de Curitiba, o cabôco, que não parava de falar, citou, por supuesto, como fundamental para a cidade, além do tal político de sua adoração, o Plano Adachi.

Aí, alguém viu-se obrigado a intervir:

– Adachi? Prefiro o Agache…

E não deixou por menos: Donat Alfred Agache – 1875 – 1959. Formado pela École des Beaux-Arts de Paris em 1905, fundou a Sociedade Francesa de Urbanistas. Há quem atribua a ele  a criação do vocábulo urbanismo.
Em 1927, proferindo conferências no Rio de Janeiro, Agache encantou a plateia. Tanto que foi contratado para elaboração de um plano urbanístico para a cidade.
A partir daí, bolou projetos para Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Campos, Cabo Frio, São  João da Barra, Petrópolis, Vitória, Araxá e São Paulo.

Em Curitiba, por conta do Plano Agache, foi implantado um sistema radial de vias ao redor do centro da cidade. E surgiram grandes vias de circulação, caso da Visconde de Guarapuava, Sete de Setembro e Marechal Floriano, galerias pluviais na Rua XV, a concentração de fábricas na área próxima à estação ferroviária, a previsão de espaços para o Centro Cívico e o Centro Politécnico, sem esquecer o Mercado Municipal. O Plano Agache balizou as administrações municipais até 1958. Nesse ano, então, foi criado o Departamento de Urbanismo da Prefeitura e a Comissão de Planejamento de Curitiba – Coplac.

Portanto, aplausos para Agache, nunca Adachi.

ENQUANTO ISSO…