• Carregando...
A gloriosa Vila Capanema
| Foto:

Sobre os 70 anos da Vila Capanema, alguém foi ao fundo do baú e citou um torcedor que, suprema glória, também foi funcionário do clube. Na época de ouro do Estádio Durival Britto e Silva. Ele era o encarregado de cuidar da piscina. E como cuidava. Caso o sócio não tivesse tomado uma boa ducha, isso mesmo, não chegava nem na beirada da piscina, não é José Juarez Coelho? Um portador de frieira, então, nem pensar.

Até as estruturas de ferro (todas Made in England), na base da estrutura da piscina, não escapavam do olho de lince do Juarez. Aliás, será que, com o processo de dilapidação do estádio, as peças não foram parar em algum ferro-velho?

Do segundo lar para o bar

O amigo Juarez trabalhou para o então Clube Atlético Ferroviário de 1956 a 1958. Depois, montou na Rua Tibagi, esquina com a Benjamin Constant, o Nosso Bar. Nosso, embora dele. Tanto que ficou conhecido como o Bar do Juarez. Sempre fervilhante, com dona Diva a postos atrás do balcão.

Pernambucano de Araripina, Juarez continua um torcedor roxo do Ferroviário. Mesmo não existindo mais o CAF, não desiste da paixão:

– Ainda temos o Operário. Que é Ferroviário – explica ele.

A dedicação às coisas da Vila Capanema não se limitava à piscina, por supuesto. Tanto que, certa feita, ficou irritadíssimo quando soube que tinham posto abaixo a concha acústica:

– Um absurdo! Aquilo fazia parte de um patrimônio histórico.

Copa do Mundo de 50

De fato. O Durival Britto foi um marco na história não só do futebol paranaense. Inaugurado no dia 23 de janeiro de 1947, era o terceiro maior estádio do país, com capacidade inferior apenas à do Pacaembu e São Januário. Construído no antigo terreno da chácara do Marquês de Capanema, acabou uma das sedes da Copa do Mundo de 1950. E foi o primeiro clube do Sul do Brasil a contar com refletores para jogos noturnos.

Atrás da arquibancada da chamada geral chegou a existir um pequeno ginásio. Na parte dos fundos do estádio havia quadras de esportes, duas para basquete. É que, nas décadas de 1950/60, o Ferroviário disputava também campeonatos em várias categorias.

Quanto à concha acústica (saudades da banda comandando o espetáculo!), derrubada em 1974, não se sabe o real motivo. E o torcedor (ou o esportista em geral) só ficou sabendo do sumiço da concha acústica acidentalmente, quando passava pelo Viaduto Capanema e, do alto, olhava para o estádio. Um cenário desolador.

ENQUANTO ISSO…

 

 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]