• Carregando...
A tal lei dos homens…
| Foto:

De 2014, o documentário A Lei da Água, dirigido por André D’Elia, não perde a atualidade. Encomendado e bancado pela WWF, SOS Mata Atlântica, ISA, IDS e Bem Te Vi Sustentabilidade, mostra a importância das florestas para a conservação das águas e aponta os problemas que serão causados com o Código Florestal aprovado pela bancada ruralista no Congresso.

O Código, por supuesto, define o que deve ser preservado e o que pode ser desmatado nas propriedades rurais e cidades brasileiras. Mas o documentário mostra que “a lei reduz a capacidade das florestas para proteger mananciais de água, já que diminui a área que deve ser protegida nas nascentes”. Mais: “desmatamentos ilegais feitos por milhares de proprietários rurais desde 1965, quando o antigo Código Florestal foi promulgado, acabaram sendo legalizados pelo novo código sob o título de área rural consolidada”.

Preservar não é importante

O alerta continua valendo e o documentário, ao denunciar a anistia “a quem destruiu 29 milhões de hectares de florestas ilegalmente no país”, convoca a sociedade para iniciativas e ações “que evitem que o meio ambiente e os recursos hídricos continuem a ser tratados com descaso”.

Até porque, em determinado momento do documentário, temos um deputado criminosamente irresponsável que, tentando justificar sua posição, recorre ao argumento mais esfarrapado do mundo:

Produzir alimentos é tão ou mais importante que preservar o meio ambiente.

Isso mesmo. Aí, há que se invocar a fábula do porco assado. Aquela mesma. Para assar a carne de porco, tocava-se fogo na floresta.

Ou, como dizia e martela o professor Sergio Ahrens, engenheiro florestal, bacharel em Direito, pesquisador em Planejamento da Produção e Manejo Florestal, da Embrapa Florestas, Colombo/PR, “a lei dos homens não revoga as leis da natureza”.

ENQUANTO ISSO…

 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]