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Aqui, lá e acolá
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Certas coisas, só mesmo conferindo in loco. E ainda há muitos turistas (marinheiros de primeira viagem no exterior) que chegam a duvidar do que lhes é mostrado em visitas a castelos e palácios na França.

Caso das cocheiras de Paris. Era comum no Brasil, tempos atrás, para desmerecer alguém, dizer que tal pessoa tinha estudado. Estudado na França, mais precisamente “nas cocheiras de Paris”.

Mas, conhecendo as decantadas cocheiras da capital francesa, fica-se sabendo que as cocheiras (de lá) eram de um tremendo luxo, refinamento. Afinal, os cavalos eram importantes.

E por aí vai – ou ia. Ao percorrer as instalações do Palácio de Versalhes, de repente, conforme o caso, o visitante ficava ou fica espantado.

Não pelo luxo coroado com muito ouro das colônias e possessões. Um dos imensos salões exibe vistosas pinturas de abacaxi, ele mesmo, em cortinados e outras peças decorativas. Com adornos de ouro puro.

– Contribuição brasileira – prontamente esclarece o guia. O abacaxi, por supuesto.

A presença do nosso prosaico abacaxi é desconcertante. Até por ter se tornado  objeto de aluguel.

Só para impressionar

Na França do luxo esplendoroso dos reinados de Luís XIV e Luís XV, o abacaxi, uma simples bromélia comestível de nome científico ananás sativus, tornou-se símbolo máximo de ostentação. Desse modo, até para esnobar outros nobres, parte dos abacaxis de Luís XIV, únicos no pedaço, passaram a ser produto de aluguel. Eram cedido temporariamente para enfeitar banquetes e recepções de outros membros da nobreza. Iam e voltavam.

Mas, é comprovado, o primeiro contato de Luís XIV com o abacaxi foi meio catastrófico. Diante desconhecido fruto, sua alteza foi direto ao pote e desferiu uma tremenda dentada no fruto in natura. Feriu os beiços. Ou melhor, os delicados lábios.

Já Luís XV dominava o abacaxi, tanto que mandou construir estufas perto de Paris para tê-lo à disposição. E continuar humilhando o resto da realeza. Afinal, antecipando-se aos brasileiros, já sabia descascar o abacaxi. Qualquer um.

ENQUANTO ISSO, EM CURITIBA…

 

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