Caindo e subindo

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O número deste mês da Revista de História da Biblioteca Nacional tem como assunto de capa “A invenção do voo”.
– Isso mesmo, voo sem acento. Fica estranho pra chuchu, mas temos histórias incríveis, inclusive que remontam ao tempo em que voar era só com os pássaros mas já um antigo sonho do homem – comentou professor Afronsius.
No dossiê, com organização de Bruno Garcia, temos que, desde o século 6 a.C., o homem já desconfiava que voar seria possível. E vem o caso do tirano Gao Yang, imperador da dinastia Qi, que obrigava prisioneiros condenados à morte a saltar “com algo parecido com pipas na esperança de que chegassem inteiros ao chão”, conforme o historiador britânico Joseph Needham.

Problema: a aterrissagem forçada

A grande maioria dos arremessados, prossegue o texto da RHBN, “de fato se esborrachou no chão, mas alguns relatos dão conta da incrível façanha de um dos prisioneiros”. Saltando da Torre da Fênix Dourada, em 559 a.C., “foi capaz de pousar em segurança”. O nome do herói por acaso: Yuan Huang-Thou.
– Quase virou Yuan Huang-TUMMM! – brincou Natureza Morta, desculpando-se em seguida pelo trocadilho.
Além do sadismo do imperador, há pesquisadores que apontam a possibilidade de Gao Yang ter pensado que, “para que um dia fôssemos capazes de voar, muitos deveriam se sacrificar”.
A teoria tinha lá seus fundamentos: a partir das pipas, “os primeiros objetos que permitiram ao homem, na China antiga, desconfiava-se que voar poderia ser possível”. Era hora – por que não? – de testar o vento e suspender homens no ar.
Sublinha a revista: “Algo relativamente plausível se levarmos em conta o numeroso quadro de corajosos pioneiros que deram suas vidas em nome da audácia de levantar voo”.
Beronha, nosso anti-herói de plantão:
– Comigo não, violão, não entro em avião mesmo que esteja parado no hangar. Nem a pau, Juvenal!
E tratou de bater asas com destino ao Bar VIP da Vila Piroquinha, onde, garante ele, muita gente já chega ou sai balão, nas nuvens.

ENQUANTO ISSO…