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E as guerras continuam
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O que você sabe da Primeira Guerra Mundial?

Beronha:

– Ela veio antes da Segunda.

Depois de gongar o nosso anti-herói de plantão, professor Afronsius voltou a recomendar a leitura da Revista de História da Biblioteca Nacional, que, na edição de julho, traz em seu dossiê A Grande Guerra, que completou 100 anos, com uma “carnificina sem precedentes”.

No texto Combate locais, efeitos globais, do professor Stefan Rinke, da Freie Universität Berlin e coautor de Brasilien in der welt (O Brasil no Mundo), ficamos sabendo que “mundo” significava a Europa das grandes potências, com poderio econômico e tecnologia em alta (basta ver o uso de gases venenosos nos combates) e, a reboque, suas colônias, que entraram na briga compulsoriamente.

Soldados das colônias

Tanto que “a Grã-Bretanha e a França recrutaram, no decurso da guerra, grandes quantidades de soldados nas suas colônias, muita vezes à força. Os domínios britânicos no Canadá, da Austrália e da Nova Zelândia participaram fortemente. Só da Índia vieram mais de 1 milhão de combatentes”. E prossegue o professor Stefan Rinke: “A França mobilizou quase meio milhão de homens de seu império colonial na África e na Ásia”. E, por conta de um acordo com a China, “56 mil trabalhadores chineses, os ‘Kulis’, foram para a França, e outras dezenas de milhares para a Inglaterra como mão de obra nos campos e nas fábricas, para substituir os homens que tinham ido para a guerra”.

Ressalta a RHBN que, somente no dia 1 º de julho de 1916, o exército britânico perdeu cerca de 60 mil soldados na Batalha do Somme. Estima-se que o conflito deixou cerca de 10 milhões de mortos.

Revanchismo em marcha

A Primeira Guerra Mundial ocorreu de 1914 a 1918. Entre 1870 e 1914, o mundo vivia uma grande euforia, conhecida como Belle Époque (Bela Época). Os países ricos registravam grande progresso no campo econômico e tecnológico. Até que a Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro formaram a Tríplice Aliança, tendo no outro extremo a Tríplice Entente, composta pela Rússia, França e Inglaterra. Outros historiadores ressaltam o espírito de revanchismo entre a França e a Alemanha, já que no final do século XIX, durante a Guerra Franco-Prussiana, o país havia perdido a região da Alsácia-Lorena para os alemães – e desejavam poder retomar o território.

O assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, enquanto fazia uma visita a Saravejo, região da Bósnia-Herzegovina, foi um dos estopins da guerra. O criminoso era um jovem que pertencia a um grupo sérvio (Mão Negra), contrário à intervenção da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. Insatisfeito com as atitudes tomadas pela Sérvia contra o criminoso, o império austro-húngaro declarou guerra à Sérvia no dia 28 de julho de 1914.

Os Estados Unidos entraram no conflito em 1917, ao lado da Tríplice Entente. O Brasil foi um dos últimos países a deixar a condição de neutralidade. O estado de guerra contra o “Império Alemão” foi decretado no dia 26 de outubro de 1917, nos últimos meses do conflito.

E o risco de uma terceira guerra mundial? A resposta é de Albert Einstein:

– Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus.

ENQUANTO ISSO…

23 julho (1)

 

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