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Frases famosas e outras, nem tanto
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Como até Beronha sabe, há frases e frases. Diálogos e diálogos. De gente famosa ou cidadão comum, são de uma precisão cirúrgica.
Do político Pinheiro Machado, por exemplo. Diante de uma multidão irritada, trata de afofar o pelo. Recomenda ao cocheiro:
– Não tão depressa que pareça fuga nem tão devagar que pareça provocação.

A escolher, em qualquer canto

Prosseguindo a conversa, Natureza Morta sacou seu bloquinho de anotações e leu algumas delas para o professor Afronsius.
Cenário: um posto de gasolina. Dois frentistas. Um deles, encerrando a conversa que mantinha com o colega, sentencia e passa a abastecer um carro:
– É, é uma realidade de problemas.
Loja de consertos de televisores. Visivelmente aflito, cliente chega carregando um baita televisor Invictus, ainda preto e branco, 17 polegadas. Justifica a sua presença apontando para a tela:
– Quando proseia, não tem feição. Quando tem feição, não proseia.

Corte rápido, mudança de cenário

Em um certo bar, Juvevê, Curitiba. Cartaz na porta adverte:
– Proibido entrar bêbado. Sair pode.
Duas senhoras no meio-fio de uma esquina de grande movimento. Veículos e mais veículos passando. Momento de indecisão para uma delas. A outra trata de tranquilizá-la. Aponta para o semáforo de pedestre, do lado oposto da rua:
– Quando vermeiá você para. Espera esverdeá.
Charge de Claudius, em plena ditadura civil-militar: beleguim ergue pelo colarinho um vendedor de balas diante de um cinema. O garoto explica que não fez nada demais, apenas gritou “Olha o DROPS!”.
Entendendo (e temendo) DOPS, todo mundo se mandou.

Nova mudança de cenário

– Dr. Livingstone, eu presumo?
Do jornalista Henry Morton Stanley, correspondente em Madri do jornal New York Herald, ao localizar o explorador num ponto perdido do continente africano.
– Posso vos garantir que não daremos o primeiro tiro. Mas, creiam, o segundo tiro será nosso.
Leonel Brizola, 1961, na Rede da Legalidade, Porto Alegre.
– Na Barca do Inferno sempre cabe mais um.
Título da matéria do desenhista e roteirista Laudo Ferreira, na Revista de História da Biblioteca Nacional, sobre a transposição para HQ do “Auto da barca do inferno”, de Gil Vicente, escrito em 1517.
– O que é bom a gente fatura; o que é ruim, a gente esconde.
Rubens Ricupero, então ministro da Fazenda, na TV, mas sem saber que estava no ar.
– O mundo só começa a funcionar no momento em que entra na internet.
Natureza Morta, anotação recentíssima.
Para encerrar. Encerrar? Longe disso, mas vamos lá:
– Foi a primeira vez que conheci um homem cuja profissão era mentir, a menos que contemos os jornalistas.
George Orwell, reflexão…
– Você corta um verso/eu escrevo outro/você me prende vivo/eu escapo morto. De repente… Olha eu de novo!
“Pesadelo”, Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro.

ENQUANTO ISSO…


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