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Já houve corpo a corpo
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Tempos atrás, sem as mídias sociais e outros bichos, os candidatos eram obrigados a pegar eleitores a laço. Era a campanha corpo a corpo. Acontecia de tudo, mas ao vivo.

Em Curitiba, um candidato a prefeito, um tanto esbaforido (já havia percorrido a pé vários quarteirões), entrou com seus cabos eleitorais numa loja de roupas. Partia para cima de quem via pela frente. Depois de cumprimentar efusivamente funcionário por funcionário, todo sorridente, estendeu a mão sem ser correspondido no gesto: a figura, postada junto à vitrine, nada mais era do que, evidentemente, um imponente manequim.

Chapéu custou um chapéu do eleitor

Interior do Estado. Um outro político compareceu a um comício cuidadosamente preparado em bairro distante. Distante e pobre, mas, por supuesto, um considerável nicho eleitoral. Fez um inflamado discurso tendo como palanque a carroceria de um caminhão. Para impressionar, levara o seu chapéu de estimação, usado em pescarias no Mato Grosso. À época, o MT era um só.

Gesticulou bastante, entusiasmado, um boneco de mola, e, toda vez que se referia ao padroeiro da cidade, tirava o chapéu em reverência ao santo. Ao final da performance, ao se despedir, procurou o chapéu:

– Cadê?!

Desnorteado, passou a gritar “ladrões, bando de ladrões!”.

De volta à cidade, ficou sabendo que o chapéu estava na cabine do caminhão, devidamente guardado por um dos diligentes cabos eleitorais. É que tinha caído em um momento de maior exaltação e fora prontamente recolhido. Tudo esclarecido, mas era tarde. Muito tarde. Não se elegeu. Votação? Pífia.

E tem ainda o famoso discurso de um candidato, que discursava e batia no bolso:

– Aqui, aqui nunca entrou dinheiro público!

Ao que, do meio do público, alguém gritou:

– Calça nova, hein…

ENQUANTO ISSO…

26 outubto(1)

 

 

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