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Juca Pato, o retorno
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O tempo passa, o tempo voa e, agora, nem a Poupança Bamerindus continua numa boa

Por conta das mudanças do admirável mundo novo, há quem reclame das livrarias de hoje. Um caso recente: ao ler sobre o lançamento de Belmonte, livro da Editora Três Estrelas, com organização e apresentação de Gonçalo Junior, 160 páginas, 55 reais, há quem tenha partido em marcha batida até uma livraria, num shopping de Curitiba.

Deu com os burros n’água: não encontrou o livro. É preciso encomendar o dito cujo, ou, então, em casa, recorrer às estantes virtuais da internet.

– Bons tempos em que você matava a charada diretamente, nas livrarias…

De fato. E havia leitores que, aproximando o nariz das páginas de um livro, identificava a editora – pelo cheiro da tinta. Mas, no caso em epígrafe, vale a pena se socorrer na internet.

Belmonte, na verdade Benedito Bastos Barreto (1896-1947), foi “um dos maiores cartunistas brasileiros de todos os tempos”. É de sua pena que nasceu Juca Pato, personagem que, segundo Nirlando Beirão, na Carta Capital desta semana, “despontou para a fama no dia 30 de abril de 1925, na primeira página da Folha da Noite”, que, “em 1960, se juntaria com a Folha da Manhã, sob o título de Folha de S. Paulo”.

Como destaca Nirlando, “o Pato de Belmonte era o ombudsman do povo, não o fantoche da elite” – e até Getúlio Vargas, “de revolucionário a ditador, sofreu no traço sempre politizado de um cidadão do Brasil e do mundo. Que falta Belmonte faz”.

“Por meio do inconformado e contestador Juca Pato”, escreve Gonçalo Junior, “Belmonte interpelava presidentes, governadores e prefeitos sobre suas responsabilidades públicas e satirizava os novos hábitos de seus contemporâneos”.

Vale a pena correr atrás do livro.

ENQUANTO ISSO…

 

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