• Carregando...
O discurso – e a prática
| Foto:

Em visita ao Alasca, Barack Obama defendeu políticas para reduzir o impacto das mudanças climáticas. E destacou “a necessidade de os EUA liderarem a luta em defesa do meio ambiente”. Isso depois de lembrar que os grandes glaciais do Ártico estão derretendo muito rapidamente, causando drásticas mudanças no volume de água dos oceanos e afetando a flora, a fauna e a população nativa daquele estado norte-americano.

Mas levou pau da comunidade ambientalista mundial, posto que, ao mesmo tempo, liberou a exploração petrolífera no Oceano Ártico.

A grana sempre fala mais alto, comentou professor Afronsius, acrescentando:

– E que não venham meter o bedelho no Pré-Sal.

Sobre os problemas do meio ambiente e o lucro de uma minoria, aproveitou para recomendar a leitura, ou releitura, do livro Aroma – A história cultural dos odores, de Constance Classen, David Howes e Anthony Synnott, lançado no Brasil em 1996, pela Zahar editora.

A água poluída e a “água maravilhosa”

Em 1709, até os rios de cidades da Europa eram verdadeiras cloacas. Insuportáveis. E eis que surge a Água de Colônia, que levou o nome da cidade.

Do livro: “Na Idade Média, a região chegou a ser a maior metrópole da Europa. Na época, os banhos eram esporádicos por se acreditar que a água transmitia doenças, mas a sociedade local ansiava por cheiros melhores”.

“Um alívio aos olfatos da cidade veio de fora”, com o imigrante italiano Johann Baptist Farina. Ele vendia artigos franceses de luxo, mas o produto que garantiu vida longa aos negócios da família Farina foi água. “A então chamada aqua mirabilis (água maravilhosa), que se tornou Água de Colônia em homenagem à cidade”.

O cheiro de uma bela manhã

Quem criou a tal água foi Johann Maria Farina, irmão de Johann Baptist, que assim descreveu o momento da concepção do aroma: “Encontrei um cheiro que me lembra uma manhã na Itália, narcisos da montanha e folhas de laranja depois da chuva. Ele me refresca e fortalece meus sentidos e minha fantasia”.

De Colônia para Londres, pulando no tempo, mas não no problema, temos o filme Frenesi, de Alfred Hitchcock, 1972. À beira do Tâmisa, políticos comemoram a despoluição do rio. E eis que, de repente, surge um corpo boiando…

ENQUANTO ISSO…

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]