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O filme, como o frango
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A revista (Marketing Cultural) é de novembro de 1998, número 17. E foi localizada pela Seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, a pedido de um cinéfilo quase de carteirinha, interessado na questão que por muitos anos sufocou o cinema nacional. Ou seja, a distribuição. Fazer cinema, exibir onde?

É que a revista traz uma matéria, muito bem ilustrada, sobre a lendária Vera Cruz, a nossa tentativa de Hollywood. Tanto que, segundo alguns pesquisadores, a história do cinema brasileiro seria dividida em antes e depois da Vera Cruz, “marco da indústria cinematográfica nascente no país, sonho realizado pelos empresários Franco Zampari e Francisco Matarazzo Sobrinho em 1949”.

Mas não bastava produzir

Uma grande conquista dos estúdios Vera Cruz foi O Cangaceiro, 1953, filme de Lima Barreto, posto que, em três meses, foi visto por 600 mil pessoas e conquistou no Festival de Cannes o prêmio categoria aventura.

Desse modo, O Cangaceiro “ganhou o mundo”, mas o que poucos sabem é que isso “não contribuiu em nada para as finanças da Vera Cruz, já que a Columbia – do Tio Sam – havia comprado os direitos de distribuição do filme a preço fixo”.

De certa maneira, o episódio lembra Stanislaw Ponte Preta e o sacristão malandro. Procurado por um fiel, que carregava um franguinho assado para o santo, o sacristão deu um sorriso safado, recebeu a oferenda e garantiu ao paroquiano:

– É pro santo? Pode deixar que eu entrego…

ENQUANTO ISSO…

 

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