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O olor, o olor…
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Honra a Pitágoras é o título da reportagem assinada por André Ruschel, na Carta Capital desta semana. Traz a (bela) história de Ailde Polari que, “aos 84 anos, mantém sozinha a única biblioteca da pequena Antonina, vilarejo de 20 mil habitantes no litoral do Paraná”. Uma reconfortante história da “filósofa autodidata”, como Ailde se define.

Ao ouvir a história, Beronha, capelista por opção e adoção, ficou meio na bronca:

– Vilarejo? Próspera cidade do mais próspero ainda município de Antonina.

O jeito foi explicar a ele que vilarejo não é depreciativo.

– É mesmo? Tenho lá minhas dúvidas…

Novamente, e para o golpe final, o jeito foi invocar o Dicionário do Aurélio:

– Vilarejo (ê). S.m. V. Vilar. Vilar: s.m. Pequena aldeia ou pequena vila.

Aproveitando o embalo, professor Afronsius sacou de seus alfarrábios o Hino de Antonina. Letra de Francisco Pereira da Silva, música do maestro Bento Mossurunga:

Salve terra formosa e querida

Que se estende na costa a sorrir

Terra calma onde achamos à vida

Sob a qual esperamos dormir/

Salve terra de brisas ciciantes,

Doce gleba que nos viu nascer

Não te esqueças teus filhos distantes,

Esquecer-te é mais fácil morrer.

Antonina, Antonina,

Deitada a beira do mar

Sob a tutela divina

Da Senhora do Pilar/

Antonina, cidade das flores,

De suave e finíssimo olor

Tens o brilho de mil esplendores

Para nós que te damos amor/

Salve gleba fecunda cidade

Mais augusta por certo acharás

Deus te encha de felicidade

Para a glória do meu Paraná/

Antonina, Antonina,

Deitada a beira do mar

Sob a tutela divina

Da Senhora do Pilar.

E, novamente, Beronha, não se conteve:

– Olor?

De volta ao Eurelião:

– Olor (ô). S. m. Poético/poética. Cheiro agradável; aroma, perfume.

– Que bom! Essa eu também ignorava peripateticamente… – assentiu o nosso anti-herói de plantão.

Viva Antonina.

ENQUANTO ISSO…

 

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