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Rodízio duplo
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Depois de dar meia banda (de carro) por Curitiba (“sim, meia, posto que não tenho estofo para uma banda inteira”), professor Afronsius jogou a toalha.

– Como diria o Mussum, nosso trânsito é drurys.

De fato. E não apenas pelo crescente número de veículos (1.360.996 até março, com 1.003.126 motoristas habilitados), mas também pela desatenção de pedestres, irresponsabilidade de ciclistas, motociclistas e boa parte da turma do skate.

Vai daí que, assumindo um tcham de ar diabólico, no melhor estilo doutor Silvana, defendeu a implantação de rodízio. Lembrando por Natureza Morta que o rodízio de veículos em São Paulo, implantado em 1997, ajudou, mas não resolveu o problema, professor Afronsius carregou ainda mais no ar facial doutor Silvana.

– Não, não apenas rodízio de placas, eu defendo um rodízio de placas entremeado por rodízio de pedestres.

– Pedestres?

– Isso mesmo, rodízio de pedestres. Por idade, ocupação, altura ou pelo time que torce. Um dia, só carros. No outro, só pedestres.

Radicalismo doutor Silvana à parte, professor Afronsius não deixa de ter certa razão quanto ao comportamento do cidadão que atravessa a rua sem olhar para os lados, não respeita sinal e ignora olimpicamente a faixa de pedestres. Quase todo mundo ligadão no fone de ouvido, trocando mensagens pelo celular, batendo foto ou curtindo o cachorrinho todo empetecado na extremidade da guia. Os motoristas que se lixem.

E o vice-versa é inevitável.

ENQUANTO ISSO…

15 agosto (2)

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