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Ruim pra cachorro
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O que seria da gente sem o delivery? Diante da pergunta de Natureza Morta, professor Afronsius foi obrigado a confessar:

– O caos, mas eu fui obrigado a dispensar tal serviço. Culpa do Schnaps.

E explicou: o pessoal que trabalha como motoboy é ótimo, demonstrando muita perícia e coragem para enfrentar o trânsito. Faça chuva ou faça sol. Mas, assinante de um jornal, observou uma paulatina mudança de humor de Schnaps. Schnaps vem a ser o seu cãozinho de estimação. Apesar do tamanho – quase uma baleia – e do peso.

Como é criado solto no quintal e no jardim, Schnaps passou a latir feito um endemoninhado pela manhã, momentos antes da passagem do motoboy.

Para elucidar o mistério de premonição canina, deu uma de Sherlock Holmes, ou, na versão brasileira, Berloque Xolmes.

– O eficiente motoboy, ou motobói, passava pela rua em velocidade e ia atirando as encomendas com uma pontaria incrível, sem parar. Depois, bastava ao morador ir ao jardim, quando quisesse, e apanhar os pacotes plásticos.

Ocorre que, conforme depoimento de um vizinho, de certa feita, quando do lançamento do embrulho, atingiu Schnaps. Na cabeça.

– Ainda bem que não era a edição de domingo. Volumosa.

Daí a bronca do cachorro, que passou a uivar cada vez que ouvia o barulho de uma moto que se aproximava.

De qualquer modo, professor Afronsius viu-se obrigado a concordar com Beronha:

– Esse motoboy, ou motobói, está na profissão errada. Daria um excelente cestinha na seleção brasileira – garantiu nosso anti-herói de plantão.

ENQUANTO ISSO…

21 novembro (1)

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