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Segunda de amargar
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Normalmente, segunda-feira não é um dia bem-vindo. Bem cedinho e com mau tempo, menos ainda. É um clarear que se pronuncia aziago, principalmente para quem sai de casa para o trabalho. E não foi diferente para o professor Afronsius, posto que palmeirense roxo.

– Bom dia! Tudo bem?

– Dia. Passar bem – rosnou ao primeiro cumprimento.

Afinal, como explica, é a tal noblesse oblige, não que venha ser ele um descendente de nobres ou adepto da casa-grande, muito pelo contrário.

– É que há muito tempo deixei de levar no bolso o meu soco inglês. Ou soco de inglês, como escreveu certa vez uma jornalista. Coisas da vida, ou da profissão. Só me restou como defesa a tal noblesse oblige.

Sobre isso, a tal nobreza obriga, Natureza Morta prefere a criançada. Com sua sinceridade de colocar qualquer um a nocaute. Conta ele que, certa feita, chegando ao ponto do ônibus, topou com um vizinho, acompanhado do filho, um menino ainda, visivelmente arrastado para a escola.

Mas, automaticamente, largou o tradicional bom dia.

O piá, uma espécie de Denis, o Travesso, fechou a cara e devolveu:

– Bom dia? Não sei por que…

É por essas e outras que Beronha, nosso anti-herói de plantão, está definitivamente convencido:

– Por mais que se esforce, segunda-feira nunca chegará a sábado. Não tem cafife, ops, cacife.

ENQUANTO ISSO…

25 novembro (1)

 

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