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Uma dúvida atroz
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– Quero tudo bem explicadinho, tim-tim por tim-tim.

A cobrança feita por uma professora, nos velhos tempos do Grupo Escolar Xavier da Silva, em Curitiba, martelava a cabeça de Beronha até recentemente.

Recorreu ao professor Afronsius e Natureza Morta, que, por supuesto, quiseram saber o que ele tinha feito de errado para levar um sabão em plena sala de aula, para opróbrio do resto da turma:

– Nada. O que eu pretendo tirar a limpo é o tal tim-tim por tim-tim…

O jeito foi acionar a Seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, que pinçou a resposta da Seção Almanaque publicada na edição de novembro de 2011 da Revista de História da Biblioteca Nacional:

– Quem gosta de saber de tudo nos mínimos detalhes ou quer esclarecer algo precisa que as coisas sejam explicadas tim-tim por tim-tim. Desde o início do século XIX, a expressão já aparecia em dicionário da língua portuguesa. Trata-se de uma onomatopeia, ou seja, uma palavra que reproduz um som. Neste caso, o som era o das moedas de ouro ou prata, contadas uma a uma, e isso ocorreu durante a Idade Média e na Época Moderna. Antes do dinheiro de papel, dos cheques e das transferências eletrônicas, após as transações, as moedas de metal eram contadas e lançadas umas sobre as outras. Tim-tim por tim-tim. Onomatopeia.

A RHBN cita como fonte o Almanaque Brasil.

– E eu que cheguei a acreditar, com o passar dos anos, que se tratava de alguma coisa ligada às Aventuras de Tintim e Milu – respirou agradecido e aliviado nosso anti-herói de plantão.

Professor Afronsius aproveitou para informar que As Aventuras de Tintim e Milu, ou Milou, no francês, é criação do belga Hergé, quadrinhos lançados em janeiro de 1929.

ENQUANTO ISSO…

26 novembro (1)

 

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