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Nos últimos anos, por conta da crise econômica, milhares de brasileiros vêm se deparando com a dura realidade de ser demitido do trabalho. E o mercado mais retraído, não tem poupado hierarquia, posto ou atividade. Quem está empregado, está sujeito a passar por algo desta natureza, faz parte do processo.

A questão é: como encarar a demissão. Tenho percebido nos últimos tempos, que alguns profissionais sêniores têm tido dificuldade para encarar esse baque profissional. Inclusive psicólogos e estudiosos na área de recursos humanos têm defendido que algumas pessoas passam por um processo tão doloroso, comparando essa fase a tristeza de um luto de um ente querido.

Para evitar que o fato seja árduo, a primeira coisa que um profissional que perdeu o emprego precisa ter em mente é que o processo faz parte da vida e que ele não é o primeiro e nem o último a experimentar uma demissão. Isso em mente vai lhe ajudar a manter a autoestima em alta, buscando na serenidade a forma em como vai lidar com a situação.

É claro que a pessoa também não pode encarar o período após a demissão como uma fase de férias. Logo após a notícia a dica é: fazer o auto desligamento da empresa atual, entendendo que sua rotina não será a mesma, buscando montar a sua própria. Isso inclui um plano para a busca de recolocação, que será a nova meta.

Comece sua atividade buscando falar com colegas que têm cargos parecidos ou superiores ao seu. Eles terão dicas valiosas e porque não até podendo ser uma espécie de mentoring, que o ajudará a avaliar oportunidades e até mesmo orientá-lo para uma entrevista.

Seu currículo precisa estar impecável. Não entre em detalhes. Diga o que você fez, qual projeto realizou em que área esteve responsável por exemplo. Na sequência acione sua rede de contatos, embora o LinkedIn seja a forma mais utilizada e eficaz, não deixe de usar do relacionamento, olho no olho, para se colocar à disposição.

Abra o leque. Se você era CLT, por exemplo, não se limite a isso. Pense que, se houver uma possibilidade de consultoria dentro de uma organização, esse trabalho pode lhe render uma vaga definitiva no futuro. Participe de eventos, encontros de associações de classe onde o seu público técnico estará presente. Sua visibilidade será maior. Além disso, se tiver habilidade para palestrar, mesmo que sem remuneração, não hesite em fazê-la. Seu nome e seu serviço entram na vitrine.

Jamais tenha vergonha de sua condição momentânea de desempregado. Se a antiga empresa tiver um programa de outplacement (recolocação no mercado) utilize-o com afinco. Caso não, essa pode ser uma boa forma de investimento, visando a volta para o mundo corporativo. Essas consultorias abrem o horizonte e lhe dão suporte na busca pela vaga.

Todo esse processo leva tempo, semanas e até meses. Mas se bem estruturado você vai perceber que a travessia entre a notícia do desemprego até a nova colocação, embora indigesta, não precisa ser encarada como o fim de sua carreira. Pelo contrário, ao final do processo você pode até concluir que, em vez de ter achado que a vida lhe tirou algo, ela, na verdade lhe proporcionou uma nova oportunidade.

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