• Carregando...
Valsa n 6 de Nelson Rodrigues com Leo Glück e direção de Gustavo Bitencourt: eu vou!
| Foto:
Leco de Souza

Pessoal! Posto agora um texto de divulgação do monólogo Valsa nº6. Sexta-feira que vem eu posto minha crítica.

Valsa nº 6 de Nelson Rodrigues, em curtíssima temporada curitibana.

A montagem marca um retorno de artistas contemporâneos à tradição teatral

De 26 a 30 de setembro, o Teatro José Maria Santos recebe “Valsa nº6”, monólogo de Nelson Rodrigues. A peça estreou no Rio de Janeiro, na mostra A Gosto de Nelson, promovida pela Funarte, e depois dessa curta temporada de cinco apresentações em Curitiba, segue para São Luís, Salvador e São Paulo.

Valsa n.6 é um encontro dos artistas curitibanos Gustavo Bitencourt e Leonarda Glück, ambos atuantes em vários campos artísticos, como teatro, dança, performance art, música e artes visuais.

Eles encontraram no texto consagrado de Nelson Rodrigues uma forma de reunir seus interesses comuns e de se aproximar novamente da tradição do teatro com um olhar renovado.

Valsa n.6 é uma peça atípica na obra de Nelson Rodrigues e também na história da dramaturgia brasileira, não apenas por se tratar de um monólogo, mas também pela forma de incluir o público em sua narrativa, pela complexidade da personagem, que traz em si diversos outros, pelo ambiente sobrenatural em que é situada, pela revelação melódica e obscura da história.

A possibilidade de realizar esta montagem já vinha sendo cogitada por eles há mais de um ano, mas foi em março de 2012 que eles começaram a trabalhar.

Ao se depararem com a estranheza do texto, reconheceram nele um meio para explorar diversas questões e referências que partilham, como a linguagem cinematográfica, especialmente a obra de diretores como Dario Argento e David Lynch, a tradição do burlesco e do vaudeville, a discussão do espaço e do contexto teatral, a sonoridade e a espacialização do som, o movimento como ponto de partida, e diversas questões relacionadas a gênero e sexualidade – sendo Leonarda uma das poucas artistas transexuais atuando de forma consistente no cenário nacional, e ambos diretamente ligados a movimentos LGBT.

Leco de Souza

No entanto, o interesse maior era dar à peça uma montagem “realmente bem feita, procurando entender realmente aquela estrutura, e tratando com delicadeza a poética do texto”, segundo afirma o diretor Gustavo Bitencourt.

“Cada vez mais nos apaixonamos pelo texto e pela complexidade das discussões que ele pode gerar. Não temos vontade de destruir o que está ali. Já vi diversas montagens da Valsa, umas mais tradicionais, outras mais experimentais, e acho que a tarefa mais difícil, e a que mais nos interessa hoje, é a de realizar uma boa montagem, cuidadosa, deixando o texto falar o que tem que falar.

Isso talvez possa ser entendido por quem assiste como uma abordagem mais tradicional, mas para nós é um processo absolutamente singular, e fundamentado em experimentação.”

Leco de Souza

Aos artistas, reunem-se também Amábilis de Jesus, nos figurinos e materiais de cena, Wagner Corrêa, na iluminação, Jo Mistinguett na ambientação sonora, e Edith de Camargo na trilha sonora original.

Direção: Gustavo Bitencourt

Performance: Leonarda Glück

Trilha Sonora Original: Edith de Camargo

Design de som: Jo Mistinguett

Figurinos: Amábilis de Jesus

Luz: Wagner Corrêa

Produção: Wellington Guitti e Cândida Monte

Serviço: Dias 26, 27 e 28 de setembro às 20h e dia 30 às 19h. Teatro José Maria Santos. Rua Treze de Maio, 655, São Francisco.

Ingressos a R$5 e R$2,50 (meia entrada). Recomenda-se chegar com antecedência.

Teaser da peça no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=Jx2zVzPsHKU

Página da peça no Facebook: https://www.facebook.com/valsa6

Entrevista do diretor e da atriz sobre o espetáculo na E-TV:

http://www.video.pr.gov.br/modules/video/upload/209436_ecultura2908bl02.flv

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]