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Bom-dia ou bom dia?
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Com tantos post no facebook desejando “bom dia” acompanhados de fotos dos lindos dias de sol que têm feito Brasil afora, a dúvida de hoje vai ser uma surpresa para muita gente! A nossa leitora Lis Augusta perguntou em nossa página no Facebook se procedia a afirmação de que a expressão “bom dia” tem hífen quando usada como substantivo, como no exemplo: “Tenha um bom-dia.”

sol

Vamos lá: segundo nossa gramática (e isso não tem nada a ver com o novo Acordo Ortográfico de 2009) e vários dicionários, a expressão é utilizada com hífen e ponto final. Seria, então, bom-dia, boa-tarde, boa-noite. No entanto, ao fazermos uma busca mais apurada, em compêndios da língua, manuais que levem em conta o uso cotidiano da língua ou que apresentem as dificuldades da língua portuguesa, percebemos que a questão não é tão simples assim.

O uso com hífen ocorre quando a frase é formada por um adjetivo e um substantivo, como no exemplo: “Hoje tive um bom-dia” ou ainda no exemplo da nossa leitora – “Tenha um bom-dia”. Há um elemento determinante (“um”), o que indica a ideia de substantivo.

Nos cumprimentos, entretanto, há muitos exemplos, inclusive na literatura, de uso sem hífen. Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, entre outros, utilizam todas as saudações de suas histórias sem hífen.

Portanto, podemos, na prática, pensar na seguinte regra:

Quando for cumprimento, não se usa hífen:

“Bom dia, Fulano, como vai?”

Quando aparecer com um determinante (“um”, “o” etc.), utilizaremos hífen:

“Aquele vizinho nunca me deu um bom-dia sequer”.

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