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Inspire-se com o poema Questão de Pontuação, de João Cabral de Melo Neto
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Ontem foi o Dia Nacional da Pontuação nos Estados Unidos. De acordo com Jeff Rubin, fundador da data (ele até a registrou como uma marca), trata-se de uma “celebração da vírgula humilde, de aspas utilizadas corretamente e outros usos apropriados de pontos finais, pontos e vírgulas, e da sempre misteriosa elipse”. Leia mais na matéria do Caderno G.

Por isso, hoje o blog traz o poema “Questão de Pontuação”, de João Cabral de Melo Neto, para que você tenha um fim de semana inspirado e com muita pontuação:

Todo mundo aceita que ao homem

cabe pontuar a própria vida:

que viva em ponto de exclamação

(dizem tem alma dionisíaca);

viva em ponto de interrogação

(foi filosofia, ora é poesia);

viva equilibrando-se entre vírgulas

e sem pontuação (na política):

o homem só não aceita do homem

que use a só pontuação fatal:

que use, na frase que ele vive

o inevitável ponto final.

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