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Claudia Vanney discursa na entrega do Prêmio Razão Aberta: trabalho premiado lida com as grandes questões que envolvem ciência e filosofia. (Foto: Divulgação)
Claudia Vanney discursa na entrega do Prêmio Razão Aberta: trabalho premiado lida com as grandes questões que envolvem ciência e filosofia. (Foto: Divulgação)| Foto:

Semana passada não houve atualização no blog porque eu estava em Santiago, no Chile, participando do congresso O lugar da pessoa no cosmos, evento que encerrou os três anos do projeto Ciência, Filosofia e Teologia na América Latina, do Ian Ramsey Center, da Universidade de Oxford. Eu tinha sido selecionado para uma apresentação curta (meu tema foi “Como lidar com a imprensa e ajudar a moldar o diálogo entre ciência e religião”) e tive a oportunidade de conhecer e reencontrar muita gente boa que está envolvida neste campo.

O programa previa uma palestra dos professores Claudia Vanney e Juan Francisco Franck, da Universidade Austral. Eles vêm coordenando um projeto que faz uma ponte entre filosofia e ciência, abordando a questão do determinismo e do indeterminismo – leia essa entrevista que eles deram ao Tubo de Ensaio em 2013 para entender melhor do que se trata. Mas apenas Franck foi ao Chile, por um ótimo motivo: Claudia estava em Roma para receber um prêmio. A Fundação Vaticana Joseph Ratzinger concedeu a Franck e Claudia, entre outros, o Prêmio Razão Aberta, que, segundo sua descrição, “reconhece o esforço de professores e pesquisadores em ampliar os horizontes da racionalidade, a partir do diálogo das ciências e suas disciplinas com a filosofia e a teologia”. O trabalho premiado foi o livro que surgiu do projeto: ¿Determinismo o indeterminismo? Grandes preguntas de las ciencias a la filosofía. A premiação foi destaque na imprensa argentina, com reportagens no Clarín e no La Nación.

Juan Francisco Franck no congresso realizado em Santiago

Juan Francisco Franck no congresso realizado em Santiago: as grandes questões da humanidade exigem cooperação entre vários campos do conhecimento. (Foto: Marcio Antonio Campos/Gazeta do Povo)

Franck explicou ao blog a estrutura do livro. “Cada capítulo está escrito em conjunto por um cientista e um filósofo ou teólogo, que abordam conjuntamente uma mesma pergunta, cada um escrevendo a partir de sua área. Assim, buscamos exercitar a atitude de humildade intelectual e de abertura para compreender mais profundamente temas tão complexos como a estrutura da matéria, a origem do universo e da vida, ou o livre arbítrio”, disse. “O prêmio reconhece o valor de uma metodologia de trabalho interdisciplinar que deseja estabelecer um diálogo de alto nível em torno de questões pontuais que surgem da pesquisa científica recente. O livro é o resultado de um trabalho de cinco anos, que teve seu ponto culminante nos três workshops que realizamos em 2013, 2014 e 2015”, acrescenta. Este projeto foi financiado pela Universidade Austral, pela Fundação John Templeton e pelo governo argentino, por meio do Fundo para Pesquisa Científica e Tecnológica (Foncyt).

(Aviso: a Fundação John Templeton e o Ian Ramsey Center, citados neste post, bancaram a viagem e a hospedagem do blogueiro em Santiago)

Pequeno merchan

Além de editor e blogueiro na Gazeta do Povo, também sou colunista de ciência e fé na revista católica O Mensageiro de Santo Antônio desde 2010. A editora vinculada à revista lançou o livro Bíblia e Natureza: os dois livros de Deus – reflexões sobre ciência e fé, uma compilação que reúne boa parte das colunas escritas por mim e por meus colegas Alexandre Zabot, Daniel Marques e Luan Galani ao longo de seis anos, tratando de temas como evolução, história, bioética, física e astronomia. O livro está disponível na loja on-line do Mensageiro.

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