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Onde há um desejo, há um caminho
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Ni Hao,

Ouvi esta frase na cerimônia de abertura das aulas para estrangeiros da Universidade de Shenzhen. Acredito que seja realmente este o sentimento das centenas de estudantes que lotaram o auditório da universidade, segunda-feira passada. Este era, com certeza, o meu sentimento. Aprender, aprender, aprender. E daí que seja super difícil falar mandarim? Se há vontade, então há solução! Depois de um ano acordando todas as manhãs tendo que me reinventar, finalmente achei o caminho de volta para a mim mesma.

Ops, desculpem! Este não é (pelo menos ainda) um blog de autoajuda! Vamos, então, aos fatos!

A universidade é enorme! E linda! Chegar é fácil, mas cansativo. O ônibus fica lotado, o calor frita o cérebro, meu prédio é longe da entrada e minha sala fica no sexto andar de um prédio sem elevador! As aulas acontecem todos os dias das 8:30 às 11:50. Ainda assim, rejuvenesci alguns bons anos depois que passei a respirar novos ares!

Chris Dumont
Chris Dumont

Minha sala é a verdadeira torre de Babel. Olhem só os países dos coleguinhas: Argélia, Cazaquistão, Rússia, França, Bolívia, Israel, Moldávia, Irã, Japão, Espanha, Finlândia, Turquia, Estados Unidos, Mongólia e Brasil representado por mim e pelo Fernando, para quem ainda não sabe, meu enteado.

Chris Dumont

As aulas são muito legais. Temos duas professoras: uma de “Ouvir e Falar” e outra de “Ler”. Uma professora se chama Zhang e a outra Zheng que é para gente já ir se acostumando a ficar confuso até na hora de chamar a tia!

Eu e o Nando já aprendemos muita coisa ano passado o que torna as aulas fáceis, pelo menos por enquanto. Mas há aluno que dá pena! O japonês, o argeliano e a mongólica ou mongol, segundo o Sr. Google, além de não falarem inglês, suas respectivas línguas possuem alfabetos diferentes do romano. Ou seja, eles não conseguem entender o que a professora está falando e nem conseguem ler o pinyin e menos ainda os caracteres chineses. Dá a maior aflição ver suas carinhas de cego perdido em tiroteio, quase que literalmente.

Hoje, tive que fazer um exercício com a Tsatsral (minha colega da Mongólia cujo nome ninguém, além dela mesma, consegue pronunciar) e tive que desenhar uma pessoa comendo uma galinha para ela poder entender do que a professora estava falando!

Chris Dumont e Nando
Chris Dumont

Nem só as aulas são difíceis de administrar. A hora do almoço também. A universidade tem 8 restaurantes. Já conhecemos 3. O primeiro não deu para encarar. O segundo, onde comemos antes de ontem, tinha um macarrãozinho tipo yakisoba bem gostosinho.

O de ontem era gigantesco. São 20 cozinhas oferecendo diferentes tipos de comida. Todas parecem ameaçadoras. Eu e Nando acabamos comendo um pote de arroz com uma verdura cozida por cima. Dá para acreditar que passei a tarde e a noite toda me sentindo mal? Ou será que não era verdura?

Chris Dumont

Além de tudo isso, algumas coisas são, digamos, curiosas. Saímos para tirar fotos da universidade e demos de cara com uma árvore tomando soro!

Nosso livro também tem um poema em chinês que, versado para o inglês, não faz o menor sentido e não passaria incólume pelo humor brasileiro. A gente estuda muito, mas se diverte!

Chris Dumont e Nando

Enfim, todos os dias nos aproximamos mais dos colegas e suas culturas, nos perdemos menos no campus, descobrimos palavras novas, aprimoramos nossa pronúncia, reconhecemos caracteres diferentes e nos sentimos cada vez mais como verdadeiros cidadãos do mundo! O blog começou piegas. Tinha que terminar igual.

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