• Carregando...
Aloha Hawaii!
| Foto:
Arquivo pessoal
O Havaí é conhecido mundialmente pelas praias e ondas gigantes e nós conseguimos ver isso. Maiores ondas da temporada de inverno no North Shore

“Alohaaaaaa komo mai!” Assim com essa frase cantada que significa “Oi, bem vindos!” com sorriso estampado no rosto fomos muito bem recebidos pelo povo havaiano. Alohaaaa é sem dúvida a expressão mais ouvida aqui, a toda hora, em qualquer lugar. É uma palavra de cumprimento com dois sentidos, de “oi” e “tchau” e que demonstra carinho e afeição, uma atitude de bondade e hospitalidade. Assim é o espírito da ilha, o espírito “Aloha”!

Saímos da Nova Zelândia direto para O’ahu, a Ilha da fantasia, dos famosos colares de flores – os “Leis”, da simpatia, das ondas gigantes e da diversão. Saímos de Auckland no dia 2 de abril pela manhã e chegamos no dia 1º de abril à noite. Sim, não estou ficando louca. Ao pousar em Honolulu, a capital do estado, o piloto pediu que ajustássemos os relógios porque estávamos de volta ao dia 1º. Coisas de atravessar do oeste para o leste a linha imaginária internacional de mudança de data! Nada como poder voltar no tempo literalmente!

Arquivo pessoal
Praia de Waikiki, Oahu

O Brasil visto de fora
Ainda no avião para os Estados Unidos eu estava assistindo na programação de voo um documentário sobre o Brasil (aproveitei pra matar a saudade). Mais uma vez pude ver como os “estrangeiros” enxergam o Brasil, o que dizem, a impressão que passamos, enfim, como nosso país está sendo visto aqui fora. Depois de percorrer o Brasil de norte a sul o apresentador encerrou a reportagem em Foz do Iguaçu: “as Cataratas representam o quanto o país tem de tudo. O Brasil é uma futura potência mundial e eles sabem disso. Estão orgulhosos. É um bom momento para ser brasileiro. Eles têm muitos problemas ainda, mas vivem em harmonia, são felizes”. Gostei de ouvir isso. Gostei do programa. Fiquei ainda mais orgulhosa do meu país.

Arquivo pessoal
O Havaí é chamado como a terra do arco íris

Acredito que ainda não contei aqui, mas depois de um ano percorrendo o mundo e conversando com as pessoas, quando falo que sou brasileira a expressão de alegria no rosto das pessoas é unânime. A vontade de conhecer e morar no Brasil também. Antigamente também recebíamos um sorriso com malícia, era por causa da mulher brasileira, samba e futebol e hoje é diferente. Os estrangeiros estão vendo no Brasil a possibilidade de uma vida melhor. Não parece estranho? O Brasil? Tem certeza? Sim, o Brasil.

A ideia, ainda não sei se real, de que no Brasil existe trabalho encabeça a lista dos motivos, seguido da Copa do Mundo, é claro. O futebol aparece sempre. De qualquer forma, antes da viagem, fazia muitos anos que não saía do país (fora da América do Sul) e é claríssimo, escancarado, como a imagem do Brasil aqui fora mudou, muito, e pra muito melhor. No mesmo voo depois do documentário assisti emocionada o filme do Senna e ali, em muitos trechos das declarações da torcida, confirmei minha certeza: como nosso país mudou, cresceu, desenvolveu, melhorou. Em um momento do filme, quando o Senna morre o documentário mostra o povo chorando e dizendo: “O Brasil perdeu a única coisa que tinha de bom!” Era isso mesmo, lembro perfeitamente. Assim era a imagem dentro e fora do país.

Arquivo pessoal
Ingresso de entrada do submarino em inglês e japonês. Um dos submarinos era reservado exclusivamente para japoneses.

Ilha japonesa nos Estados Unidos
Infelizmente nosso planejamento era de apenas uma semana no Havaí, mais precisamente em O’ahu, destino do nosso voo. O Havaí é caro! Uma semana é tempo suficiente para conhecer e aproveitar um pouco, mas não suficiente para conhecer as outras ilhas do arquipélago havaiano que dizem ser ainda mais bonitas, menos turísticas, como Maui, por exemplo. Como não dá para fazer tudo, aproveitamos ao máximo nossos dias ali mesmo.
Pensei que entrar nos Estados Unidos fosse ser meio chato, cheio de perguntas, mas foi bem tranquilo. Tirando a fila grande, entramos rapidinho. O Seba com seu passaporte austríaco não precisou de visto, mas ganhou apenas 3 meses de permanência e nós brasileiros com visto, seis!

Reservamos um hostel dos mais baratos em Waikiki, pertinho da praia, bem localizado, mas muito barulhento. Waikiki é a parte movimentada da ilha, grandes hotéis, lojas, shoppings, restaurantes, bares. O agito turístico fica ali e o Japão também. Ficamos assustados de ver a quantidade de japonês por metro quadrado. Tinha momentos que era possível imaginar estarmos no Japão e não na América. Além das placas e sinalizações em inglês a segunda língua é Japonês, se não é a primeira. É um exagero! O turismo está todo focado neles, com vendedores e guias turísticos que falam japonês; ônibus, revistas, mapas e guias exclusivos. O resto é o resto!

Arquivo pessoal
Waikiki é tomado de grandes shoppings e galerias no estilo havaiano de ser: muito verde, muitas palmeiras e muito luxo.

Reservamos três dias para conhecer e bater perna por ali. Andamos pela praia e pelas principais ruas tomadas por shoppings centers e grandes lojas, tudo com muito luxo. Bem vindos à América! Consumo, consumo, consumo! Não se esqueça de passear pelo International Market, mas já entre de mãos pra cima, porque é um assalto! Dizem que tudo ali é três vezes mais caro que em outras partes da ilha.

Arquivo pessoal
O submarino Atlantis funciona desde 1988 em Waikiki e ajudou a desenvolver a vida marinha daquela costa.

Atrações havaianas
O Seba foi mergulhar e eu fui conhecer o fundo do mar de dentro de um submarino! Uma experiência e tanto descer a 113 pés, sequinha, sem regulador, respirando também pela boca, e poder ver as maravilhas marinhas bem tranquila, de pertinho. Já ouvi gente dizendo que o passeio é mais para quem tem filhos e tal, mas eu particularmente adorei. Quando eu vou ter a oportunidade de novo de dar um passeio pelo fundo do mar de submarino? A hora é agora!

Outro programa turístico muito comum é participar do tradicional Luau havaiano, uma festa na praia com boa comida e danças típicas para nos apresentar um pouco da cultura polinésia. Escolhemos o Luau do Paradise Cove, que fica no oeste da ilha. A maioria das atrações oferece transporte gratuito. Confesso que esperávamos algo diferente. Na chegada não gostamos muito, parecia uma festa de criança, com tatuagens temporárias pra fazer, fotos com araras coloridas, workshop para aprender a fazer o Lei – o colar havaiano de flores etc. Ao cair da noite começaram as apresentações de dança e o jantar, o que salvou a noite.

Arquivo pessoal
Show de dança havaiana no Luau do Paradise Cove

A comida estava fabulosa e as apresentações formidáveis. Valeu a pena, mas não foi barato. Existem diversas opções de Luais, mas todos parecem similares, como o Germain e o Polynesian Cultural Center.

Outra coisa que pode ser bacana (nós não fizemos por falta de tempo, nossa prioridade era a praia) é visitar o Pearl Harbor, a base militar que foi atacada pelos japoneses marcando a entrada dos EUA na II Guerra Mundial.

Arquivo pessoal
Waikiki, Oahu, vista de cima do Diamond Head

As praias
Alugamos um carro, barato, 30 dólares a diária com seguro, e saímos para conhecer o leste e o norte de O’ahu, a famosa meca do surf, o north shore. A caminho da estrada para o leste, paramos para subir o Diamond Head, o vulcão extinto da ilha que faz parte dos cartões postais do Havaí, com merecimento. A subida, depois de tudo que já caminhamos por aí, é tranquila, cerca de 30 minutos. A vista da ilha é sensacional e explica porque o Havaí é o Havaí. Na descida, a primeira surpresa, baleias! Sim, dependendo da época do ano (inverno) é possível ver baleias de diversos pontos, inclusive dali e da estrada! Ahhh! O Havaí promete!! Ficamos mais de 40 minutos a procura dos jatos de água no horizonte. Baleias, baleias! Vimos algumas, bem de longe, mas eu sempre me imaginei em frente ao mar gritando: “uma baleia, uma baleia”! Fiz isso algumas vezes esse dia! Estava louca para fazer outro Whale Watch, mas acabei não indo em Waikiki porque antes de vê-las de cima do Diamond Head fomos avisados que a temporada para ver baleias estava acabando.

Arquivo pessoal
Praia de Hanauma Bay, perfeita para fazer snorkel.

De lá partimos para o leste de O’ahu. Uma estrada sensacional com praias inacreditáveis de tão lindas. Não sei nem dizer que cor o mar tinha, mas era diferente de todas as cores que temos visto nessa viagem. Como uma ilha super turística, é possível fazer passeios de um dia para todos os cantos, mas eu aconselho a alugar um carro e ir curtindo e descendo em cada canto. Se tiver calor, vale escolher uma praia e passar o dia, ou a manhã. Começamos parando em Hanauma Bay, uma praia sensacional para snorkel. Mais um pouco pra frente paramos para fotografar a costa e….. mais baleias! Longe, mas vimos muitas! A paisagem é incrível e fomos parando a cada lookout para curtir a vista e tirar fotos. Paramos em Sandy Beach, o Seba deu um mergulho e seguimos por Makapu’u, Cockroach Bay, Waimanalo, Kailua e Lanikai. Cada praia dessas é diferente e vale muito a pena ir parando e se tiver tempo de pegar um solzinho então, melhor ainda! O único problema é que queríamos dormir uma noite na costa, em Kailua, e por incrível que pareça não existem hosteis ou mesmo hotéis, só Bed & Breakfast caros, mais de 100 dólares a diária. O que o pessoal recomenda é fazer o passeio pelo leste de carro e voltar para dormir em Waikiki.

Arquivo pessoal
A estrada pela costa leste é toda assim, vistas sensacionais e uma praia mais fantástica que a outra, além de baleias por todos os lados.

Nós acabamos seguindo direto para o north shore. Não tínhamos ideia da quantidade necessária de horas para fazer tudo, mas as distâncias não são grandes e a estrada é boa. Saímos do Diamond Head pelo meio dia, chegamos a Kailua para procurar onde ficar pelas cinco da tarde e levamos mais duas horas até o norte. A paisagem é tão hipnotizante que a viagem não fica cansativa, pelo contrário, é uma delícia e passa rápido. Se saírem mais cedo que nós, fica melhor ainda porque o bacana é chegar no norte ainda de dia para curtir o cenário. Se você não surfa, com certeza a costa leste é a mais bonita para aproveitar o sol e o mar.

Arquivo pessoal
Ondas gigantes em Pipeline e apenas alguns corajosos arriscavam a pele. O tamanho delas era impressionante!

O sonho de todos os surfistas – North Shore
Reservamos os dias restantes em O’ahu para conhecer o North Shore. Paraíso dos surfistas, demos uma sorte danada de pegarmos o final de semana com as maiores ondas da temporada de inverno (a melhor época para grandes ondas). Depois de ver o mar nesse final de semana em Waimea, Pipeline, Sunsetbeach… meu conceito de onda mudou. Juro. Sério. Nunca vi nada igual nesses 33 anos de vida. As praias estavam isoladas, fechadas pra banho com fitas amarelas e sinais de perigo por todos os lados. Os turistas se aglomeravam atrás das faixas para tirar fotos das ondas gigantes que, segundo os surfistas me disseram, estavam de 10 a 12 pés, 8 metros de frente e 5 de costas. Dá pra imaginar? Em Pipeline a galera sentava na areia com suas máquinas e cangas e ali ficavam ao lado dos salva vidas vendo os corajosos no máximo 10 a 15 surfistas que arriscavam a pele nas ondas gigantes e despencavam delas volta e meia arrancando suspiro e aplauso dos expectadores. Um espetáculo de habilidade e muita coragem. Ao redor deles os jet skis trabalhavam para ajudá-los.

Arquivo pessoal
Mar de Waimea, North Shore, com ondas de 10 a 12 pés.

Ficamos num hostel chamado Backpackers, bonzinho e com preço razoável também. Era perto de Waimea, íamos caminhando. Uma praia fica do lado da outra e não tem muito como saber qual é qual, é olhar no mapa e se informar, mas dá pra perceber logo de cara quando se pisa na areia de pipeline, por exemplo. As ondas são diferentes – isso que não entendo absolutamente nada de onda, além do ambiente, é mais movimentada, turistas, fotógrafos e tal. Pra se ter uma ideia do tamanho do mar nesse final de semana, os salva vidas estavam orientando e monitorando a distância que nós espectadores estávamos do mar e traçavam uma linha na areia que não podíamos passar. O mar podia chegar e fazer estrago. Surreal. Em Waimea já quando a praia estava aberta depois de dois dias gigantes, eles ficavam analisando as séries que estavam por chegar e avisavam as pessoas para sair do mar e cuidar das crianças.

Haleiwa é a cidade onde fica o centrinho comercial mais movimentado da região. Ali pegamos uma tarde e fomos, depois de um final de tarde vendo os surfistas em Waimea e as baleias saltando no horizonte atrás deles, fazer outro passeio para ver as baleias de perto. Não resisti, de longe já arrepiava ver a altura e a beleza delas saltando. Imagina de perto?

Arquivo pessoal
Foi impossível conter as lágrimas ao ver as jubartes saltando bem na nossa frente. Uma beleza sem tamanho!

Pegamos o catamarã em Haleiwa e partimos contando com a sorte e a boa energia de cada um. Estava mais que ansiosa e o coração parecia que ia saltar pela boca na expectativa de realizar mais esse sonho que não era mais ver baleias, agora era ver baleias saltando! 10 minutos, 20 minutos e nada. E o medo de voltar frustrada? Nada! Deu certo! Depois que a primeira apareceu, veio uma na sequência da outra e às vezes mais de uma. Começaram a saltar despreocupadas, únicas, sublimes, indescritível. Não consegui controlar a emoção e chorei, de tão emocionante. A cada salto saía da boca das pessoas sons de surpresa, entusiasmo, emoção! Um dos maiores espetáculos da natureza que já vi, sem dúvida.

Depois das baleias, quem gosta de coisas mais perigosas pode aproveitar e mergulhar com os tubarões, dentro das gaiolas. Ia esquecendo, não deixe de experimentar o abacaxi havaiano super doce! Eles têm plantações e plantações que podem ser visitadas, não são baratos, mas deliciosos.

Deixo aqui uns links de algumas das milhões de coisas que tem pra fazer no north shore:

Sky Dive Hawaii

Dole Plantation

Bike rentals

Hawaii Shark Encounters

North Shore Surf Girls

Arquivo pessoal
Baleias Jubarte dando show no North Shore
Arquivo pessoal
As praia do North Shore estavam fechadas naquele final de semana devido ao tamanho e a força das ondas. Não era permitido nem se aproximar do mar.
Arquivo pessoal
North Shore no final do inverno
Arquivo pessoal
Plateia assiste sem acreditar na coragem dos surfistas e no tamanho das ondas
Arquivo pessoal
Pipeline, North Shore
Arquivo pessoal
Parecia cena de filme, galera tensa na areia vendo a coragem dos surfistas nas ondas de mais de 8 metros em Pipeline.
Arquivo pessoal
North Shore, Havaí
Arquivo pessoal
O Submarino Atlantis leva os passageiros para mais de 100 pés de profundidade
Arquivo pessoal
Mergulhando de submarino
Arquivo pessoal
Diamond Head, o vulcão extindo cartão postal de Oahu
Arquivo pessoal
Pôr do Sol em Honolulu
Arquivo pessoal
Praia de Waimanalo, na costa leste
Arquivo pessoal
As praias da costa leste são perfeitas para banho

********************
Nosso próximo destino: Los Angeles!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]