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Poesia em Paris
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Arquivo pessoal
A Torre Eiffel foi erguida temporariamente para comemorar o centenário da Revolução Francesa

Sempre ouvi falar de Paris, mas nunca fez parte dos meus grandes sonhos, ou pelo menos nunca encabeçou a lista das prioridades. Pois, deveria. Hoje, depois de 5 dias inesquecíveis entendo porque a Cidade Luz seduz a todos há décadas. Me parece um pouco “chover no molhado” escrever sobre ela, que em cada esquina tem um monumento estonteante, uma construção magnífica, um museu imperdível, um bairro charmoso, um café aconchegante e é mágica e, além de tudo, tem muita história pra contar. Acho que Paris é a cidade que a maioria da população mundial conhece (ou pensa que conhece) sem nunca ter pisado lá. Essa sensação de conhecermos Paris sem nunca ter ido cai por terra quando se desce do metrô e com um piscar de olhos a imponente Torre Eiffel se coloca ali, única, majestosa, indescritível. Fiquei como a maioria ao meu redor, de boca aberta, por alguns minutos. Só conseguia dizer… “que lindo! que lindo! É Paris é Paris!” O cartão postal mais batido do mundo agora era real pra mim, só que muito, muito mais incrível, doce e linda do que qualquer poeta um dia descreveu na mais romântica poesia.

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Romântica, Paris é a mais linda poesia que já tive o prazer de desfrutar

Você não vai se arrepender se reservar mais dias para ficar em Paris. Tenho certeza que vou ter que voltar muitas vezes para realmente conhecer e aproveitar bem. Me parece que Paris vai ficando melhor e melhor na segunda, terceira e quarta vez. A primeira é sempre cronometrada com um roteiro impecável daquilo que você não pode ir embora sem ter visto. A segunda já permite voltar no café que gostamos, entrar na ruela em que descobrimos sem querer um brechó de roupas vintage que deixa as grandes marcas no chinelo e um terraço diferente para ver Paris iluminada. A terceira já da vontade de pensar em morar lá um dia.

Paris merece ser vivida no outono, inverno, primavera e verão! Há muito pra ver e fazer. Os olhos e a alma agradecem!
Hotéis em Paris não são baratos e vale a dica de um site chamado Apartem Paris Lodging que aluga apartamentos de todos os tamanhos, em todas as regiões de Paris para todos os tipos de bolsos. Indico porque meu irmão aluga sempre que vai e nós tentamos, mas deixamos para escolher um e fazer contato três dias antes e logicamente não deu certo.

Acabamos ficando num Ibis no 13º distrito. Não era nada central, mas pertinho do metro, sem problema! Paris é dividida por distritos (ex. 1º, 2º, 3º ), quanto mais perto do centro, mais caro.

Decorando a poesia
Como dá para imaginar, nossos 5 dias foram intensos como Paris merece. Fizemos de tudo um pouco, claro que também aquilo que todo turista faz e mais um pouquinho.

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Vista da Torre Eiffel e ao fundo a Tour Montparnasse

Começamos nossa estada com uma vista panorâmica de Paris, não da Torre Eiffel, mas da Tour Montparnasse, um edifício nada bonito, mas que tem uma vista espetacular da cidade, inclusive da Torre Eiffel. De lá fomos para a Torre Eiffel que dispensa comentários, mas vale dizer que a fila para subir até o topo, de elevador, é enorme. Vá cedo e disposta. Nós acabamos subindo de escada até os dois primeiros andares porque não queríamos passar metade do dia na fila. Além de que em cima da Torre, não veríamos a própria, então tudo certo (tínhamos acabado de vir do Tour Montparnesse que nos presenteou com uma bela imagem de Paris – com a Torre).

Em seguida fomos aproveitar o dia lindo de sol e passear pelo Sena, agora para ver Paris de barco. Existem muitas empresas que oferecem o passeio e todas ali pertinho da Torre. Incansáveis e deslumbrados pela cidade, fomos ainda ao Arco do Triunfo e descemos a charmosa Champs-Elysées.

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O Arco do Triunfo foi mandado construir por Napoleão Bonaparte em homenagem às suas conquistas

Deixamos para fazer o Louvre cedinho da manhã, descansados. Nunca deixe para percorrer os museus no final do dia ou início da tarde. O cansaço bate e se perde muito. Bom, não é novidade que o Louvre é enorme e que para ver tudo, em um ano seria impossível. Como temos estado em muitos e muitos museus menores, mas tão interessantes quanto, focamos nos pontos principais e mesmo assim demoramos cerca de quatro horas.

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Mona Lisa também conhecida como “A Gioconda” já esteve nos aposentos de Napoleão Bonaparte, já foi roubada e está no Guinness Book como o seguro de objetos mais caro do mundo: 100 milhões de dólares

Tenho que comentar sobre a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Já haviam me alertado sobre seu tamanho e sobre uma possível frustração, por ser a obra mais famosa do mundo, um quadro que mede 77 × 53 cm. Fica distante dos olhos e os turistas se aglomeram e se empurram para vê-lo.

De lá o destino foi a Catedral de Notre Dame e seus magníficos vitrais e a concorrida Galerias Lafayette, uma grande loja de departamento com todas as grandes marcas.
Uma estratégia que adotamos porque tínhamos um certo tempo foi dividir os museus em dias diferentes. Cada dia um, e mesmo assim escolhemos os principais para nós: Louvre, Centro Georges Pompidou e o que eu mais amei o Museé d´Orsay. Inaugurado em 1986 em uma antiga estação de trem, o museu reúne em três pisos pinturas, esculturas, artes gráficas e decorativas. Não perca as obras impressionistas de Edgar Degas, Renoir, Monet Cézane. No segundo, Van Gogh.

Aquele famoso passe de museus das cidades turísticas também existe em Paris, mas faça os cálculos para ver se compensa.

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Construção em estilo romano-bizantino, a Basílica do Sagrado Coração demorou 39 anos para ser construída e é o segundo local mais visitado de Paris

A Basílica do Sagrado Coração, a Sacre Coeur, com certeza por dentro, não é a mais bonita que já vimos, mas por fora é esplendorosa, a começar porque fica no alto de Montmatre, única. Depois da Torre Eiffel é o ponto mais alto de Paris. Montmatre é uma colina de 129 m acima do nível do mar onde San Dionísio, primeiro bispo Paris, foi decapitado nos finais do século III junto com outros cristãos. Por isso o nome Montmatre – o monte dos mártires. A região é muito gostosa para caminhar, aproveitar os bares, caminhar na feirinha de artesanato da praça du Tertre e aproveitar para fazer um retrato com os artistas que ficam ali. Aproveite para experimentar a quiche francesa, mas se quiser pagar menos, compre numa padaria e coma sentado na calçada. É mais barato e todos fazem.

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Os artistas ficam na praça du Tertre no alto da colina de Montmatre

Mais para baixo, a região é boêmia, famosa pelos pubs, bares, restaurantes, casas noturnas, cabarés e sexy shops. No pé da montanha fica o Moulin Rouge, cabaré símbolo da noite parisiense foi eternizado nas obras do pintor Toulouse-Lautrec. Com mais de 120 anos, o legendário Moulin Rouge já recebeu grandes nomes como Frank Sinatra, Liza Minnelli e Elton John. Nós resolvemos conferir o “cabaré”. A casa não fecha nunca e está sempre tomada de turistas com uma fila enorme. Minha decepção foi do tamanho da fila. Claro, como se pode imaginar, vimos uma apresentação de “dança” de homens e mulheres seminuas, pseudo bailarinas, misturado com circo, porém com um palco super tecnológico, cenário e fantasias lindíssimas. Valeu para conhecer.

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Lobby da Ópera de Paris

Falando em dança, música e arte, fomos realizar meu sonho de conhecer a Ópera Nacional de Paris – Le Palais Garnier. Infelizmente, minha ideia era assistir um ballet, mas agosto é um mês de férias e a temporada de apresentações começa apenas em setembro. Porém, só a visita pelas salas da ópera já valem a pena. O lobby é fantástico.

Claro pegamos a bicicleta pública por um dia, grande sacada, barata e muito boa. Se você deixar a bike em uma das estações pela cidade de meia em meia hora você não paga. É preciso apenas um cartão de crédito internacional, fazer um cadastro nas próprias máquinas na rua, escolher por quantas horas (cada hora tem um valor ) e pegar um cartão. Tá na mão.

Percorremos o que faltava da cidade, passando pela chiquérrima Place Vendome, o Jardin des Tuileries, o Jardin du Luxemburg (que imagina ser mais bonito) a região de Saint-Germain-des-Près, Le Marais, e as Ilhas Ile de La Cité e St. Louis. Aproveitamos e fomos no Musée Rodin. Tem um jardim com o “O Pensador” e muito lindo.

No nosso último dia fomos passear tranquilos no parque Buttes Chau Mont, conhecemos o distrito financeiro-comercial de La Défense, a parte moderna de Paris, e tivemos um momento um pouco mórbido, mas interessante procurando os túmulos de Kardec, Balzac, Jim Morisson, Molière, Oscar Wilde, Chopin, entre outros habitantes ilustres do Cemitério de Le Père Lachaise.

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Túmulo de Chopin no Cemitério de Le Père Lachaise
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Pirâmide do Louvre vista de dentro
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Tour Montparnasse
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Jardim de Luxemburgo
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Catedral de Notre-Dame
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Galerias Lafayette
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Passeio pelo Sena e Notre-Dame ao fundo
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Além das quiches, não perca os crepes deliciosos!
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Champs-Elysées e o Arco do triunfo
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Distrito financeiro-comercial de La Défense
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“O Pensador”, nos jardins do Museu Rodin
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Vista do segundo andar da Torre Eiffel
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Nosso próximo destino: Viena, Berlim ou Praga!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

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