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Turquia para todos os gostos
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Mesquita Azul

Antes de contar como foi nossa experiência na Turquia, faz tempo que quero falar que amo ler todos os comentários sobre os posts no blog, no face, além dos e-mails que recebemos com mensagens, perguntas, dicas e sugestões. Escrever, selecionar dicas e fotos dá um trabalho monstruoso, mas é muito gratificante receber esse feedback. Muito, muito obrigada de coração!!

Deixamos de “balela” e vamos ao que interessa: Turquia! Que país excêntrico. A começar por Istambul que é considerada uma cidade euro-asiática, pois metade fica no lado europeu e a outra metade no lado asiático. A Turquia tem o Mar Mediterrâneo e o Chipre ao sul, o Mar Egeu a sudoeste-oeste e o mar Negro ao norte. O Mar de Mármara, o Bósforo e o Dardanelos separam a Europa da Ásia.

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Istambul é banhada pelo Estreito de Bósforo que separa o lado asiático do europeu.

Posso dizer que chegar a Istambul já me fez sentir na Europa, onde tudo funciona, as pessoas falam inglês (a maioria), metrôs existem e te levam para qualquer lugar de forma fácil e barata. Depois de passarmos pela África do Sul, Tanzânia e Jordânia, é muito confortável chegar ao primeiro mundo. Gosto de me aventurar no deserto, nas florestas, nas cidadezinhas, mas nessas horas percebo que também preciso de cidades grandes, estruturadas, movimento, agito, gente.

Chegamos para ficar a princípio 3 dias em Istambul e depois Capadócia e sabe-se lá mais o que. Mudamos de ideia logo de cara. Decidimos ficar mais dias em Istambul (ao todo foram 4 noites/5 dias) para curtir um pouco a cidade, dormir (extremamente necessário) e não somente percorrê-la atrás dos pontos turísticos.

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Istambul e suas incontáveis mesquitas

Istambul – A capital universal
Istambul, antiga Constantinopla e a 5ª maior do mundo, é chamada de capital universal e sabe por quê? Tem cerca de 20 milhões de habitantes, foi capital dos impérios Romano, Bizantino e Otomano, faz parte da Europa e da Ásia ao mesmo tempo. . Só isso já basta para imaginar o que vem pela frente. Além disso, apesar da religião predominante na Turquia ser o islamismo, o país convive em harmonia com cristãos e judeus.
Além dos próprios moradores que são muitos, os turistas, principalmente, europeus, invadem a cidade aos milhões. Mas, por incrível que pareça, a cidade não é um caos e não é barata. Dormir e comer está parecido com o Brasil. Passamos algumas horas procurando hotel ou hostel com preços na média do que estávamos gastando, cerca de 15 USD por pessoa em quarto privativo, as vezes com banheiro compartilhado. Acabamos escolhendo um hostel bem localizado, no bairro de Sultanahmet, em quarto misto para 4 pessoas, por 19 USD por pessoa. A maioria dos hotéis estava cobrando 60 euros para mais pelo quarto. Como a cidade ferve todos os dias, mas no final de semana tudo fica ainda mais cheio, tivemos que mudar de hostel, porque não tínhamos feito reserva antecipada. Mudamos para um melhor ainda, 300 metros do outro, chamado Big Apple, um pouco mais caro, também em quarto para 4, mas com banheiro dentro, por 21 USD por pessoa.

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Restaurantes e bares no bairro de Sultanahmet

Calculando a rota…
Escolhemos o bairro de Sultanahmet lendo guia de viagem da Lonely Planet em PDF que temos no computador. Aliás, tem gente que não gosta de guias, mas nós particularmente usamos bastante e gostamos(na verdade não só a gente usa, mas turistas do mundo inteiro usam). Eles são práticos e muito úteis (dica: é possível comprar no site os guias na íntegra ou somente o capítulo de interesse e com preço ótimo).
Enfim, acertamos em cheio a localização. Os principais pontos turísticos estavam ao alcance dos nossos pés. O bairro de Sultanahmet é super charmoso e cheio de mesquitas, museus, praças, palácios, restaurantes, bares, mercados, lojinhas e lojonas (um sonho! vou falar em seguida sobre compras).

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Istambul vista do terraço do hostel

Como o bairro fica numa das extremidades do lado europeu, muitos hotéis e restaurantes exploram os terraços com vistas espetaculares da cidade e do mar. Tomar café da manha com uma vista maravilhosa da cidade faz o dia começar muito bem.


Hop on hop off

Chegar e se situar numa cidade desconhecida logo de cara não é para qualquer um (pro Seba é fácil, ele tem um verdadeiro GPS dentro da cabeça). Por isso eu particularmente gosto de pegar esses ônibus de turismo abertos que percorrem a cidade toda com áudio guia falando sobre ela e os principais pontos como forma de ter uma ideia geral do local, de onde ficam as coisas, o que me interessa ver e etc. Sem contar o fato de que é possível descer e subir onde quiser e não costuma ser muito caro – um dos ônibus de Istambul saiu 15 Euros – negociado, é claro, como tudo aqui, para o dia inteiro incluindo um passeio à noite para o lado asiático.

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Palácio de Dolmabahce e suas tradicionais filas

Desvendando os turcos…
Istambul é gigante, tem um passado histórico que é um desafio para qualquer professor de história e por isso tem muitos pontos turísticos que valem a pena ser vistos, admirados e estudados, como museus, mesquitas e palácios estarrecedores de tão lindos. Museus e palácios custam em média 25 reais e se quiser um áudio-guia, que eu acho muito bom, pode acrescentar mais uns 15 reais (em português não são todos os lugares que têm, mas o espanhol tá valendo). Fiquei muito feliz e esqueci de comentar já no post da África do Sul que com minha carteira de jornalista internacional não pago entrada em muitos lugares! Uma bela economia. Só em Istambul economizamos mais de 100 reais. Não compramos porque não sabíamos, mas existe um cartão, um “museum pass” válido por 72h por 72 TL (cerca de 79 reais), mais barato que comprar as entradas separadamente.

Vou listar alguns lugares que fomos e que não podem deixar de serem visitados:

*Palácio de Dolmabahce – Como esta é a primeira vez que entro na Europa, meu know how de castelos e palácios é pobre, mas esse é MARAVILHOSO! Um desbunde de luxo, riqueza, arquitetura, história. Foi construído entre os anos de 1843 a 1856 com uma mescla de estilos artísticos europeus. Vá cedo, as filas são grandes e depois das 15 horas não é mais permitida a entrada em algumas partes do palácio. Reserve umas 3 horas.

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A Igreja de Santa Sofia impressiona pelo tamanho e pelos mosaicos e pinturas de suas cúpulas

*Igreja de Santa Sofia – Foi construída pelo imperador bizantino Justiniano I entre os anos de 532 e 537 d.C. Foi erguida como uma basílica, chamada de “Great Church”, mas depois da conquista de Istambul pelos otomanos, em 1453, foi convertida em uma mesquita e então renomeada de Ayasofya. Em 1935 ela foi transformada em museu.

*Mesquita de Sultan Ahmet – Conhecida como Mesquita Azul por causa da sua decoração em cerâmica predominantemente azul, foi construída entre 1609 e 1620 a pedido do Sultão Ahmed I. O complexo inteiro compreende em mesquita, escola, escola do alcorão, mausoléu, bazar, lojas, banho turco, hospital, alojamento para peregrinos e 3 fontes.

*Praça de Sultan Ahmet – é uma das praças mais importantes de Istambul. Foi conhecida como Hipódromo na época do Império Romano e Bizantino. O Palácio Imperial, banhos, templos, centros culturais, centros administrativos estavam localizados ali. Era também arena, local de negociações, entretenimento, celebrações e práticas esportivas.

*Palácio Topkapi – Esse palácio fio construído em 1478 e foi usado como centro administrativo do Império Otomano e a residência dos sultões por 380 anos. Para conhecê-lo todo é preciso reservar algumas boas 3 horas e os ingressos são cobrados separadamente de acordo com a parte do palácio que se quer visitar. Só para ter uma ideia do seu tamanho, ele tem 300 quartos, 2 mesquitas, 9 banhos turcos e 1 hospital.

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Sarcófago de Alexandre, o Grande, no Museu de Arqueologia de Istambul

* Museu de Arqueologia de Istambul – Esse museu é considerado um dos mais ricos do mundo com mais de um milhão de peças que fazem parte da história de vários períodos e culturas da história da humanidade. Foi fundado em 1891. Entramos lá por engano, mas foi o melhor dos enganos até agora. Estátuas incríveis, aquelas que só vemos em livros de história no colégio, sabe? E os sarcófagos então? O museu é grande e merece umas 2 horas lá.

*Banho Turco – Hamam – sabe aquelas tradições locais que você não pode ir embora sem deixar de fazer? Pois o banho turco, o Hamam é uma delas. Pesquisei um pouco sobre os locais indicados e achei caro e bem turístico. Queria algo tradicional deles e não algo preparado para os estrangeiros. Foi então que achei no trip advisor
uma recomendação de um banho no lado asiático, para não turistas. Me toquei pra lá. Foi uma experiência bacana a pesar de nenhuma das mulheres que trabalhavam lá falar inglês (nessas horas os sinais manuais são universais e a gente se comunica). O banho? Sensacional e mais barato. Acho que três camadas de pele preta do meu corpo foram pelo ralo depois de 20 minutos de uma sauna no mármore, esfoliação corporal e massagem com óleo (rápida, é verdade). Recomendo. Deixo aqui o contato do banho turco tradicional da cidade, conhecido e recomendando para quem não quiser se aventurar pelo lado asiático e puder gastar um pouco mais.

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O Grand Bazar tem tudo que você imaginar, mas nao esqueça de negociar

Shopping em Istambul: negociar é preciso!
Comprar na Turquia poder ser maravilhoso, pois existem produtos de qualidade, muita diversidade, tapetes feitos à mão que são uma verdadeira obra de arte bem como as porcelanas. Porém, pode também ser um stress. A primeira regra ao chegar à Turquia, dita poro todos os guias de viagem é: negocie tudo e sempre! Lógico que coloquei em prática meu lado negociante, que modéstia a parte é muito bom, e fomos à luta. A começar pelo hotel, taxi, mercado, mercadinho e lágico, as lojas. Mas confesso que negociar uma vez ou outra, é legal, tudo bem, mas sempre e para tudo, é um inferno. O que acontece é que nunca se tem a noção daquilo que se paga e sempre fica a impressão que eles querem pegar mais e mais o teu dinheiro. No final da Turquia eu e o Seba já estávamos tirando no par ou ímpar quem iria perguntar o preço e negociar, isso que estou com medo de voltar, porque fui odiada pela maioria dos turcos de tanto que negociava. Acho que também peguei pesado com eles.

*Grand Bazar
Perder-se aqui é mole. Em dois sentidos da palavra: perder o controle nas compras e se perder mesmo nas imensas e infinitas ruelas. Para aqueles que adoram comprar (com eu), é um paraíso. Aqui você encontra qualquer coisa que imaginar, desde jóias, bijous, temperos, doces, artesanatos, bolsas, roupas, couro, tapetes… Encontrei jaquetas de pelica por uma verdadeira barganha, 130 USD. De tão barato na hora não acreditei que fosse couro mesmo, mas era. Claro que para o bom conhecedor de couro, existem diversas qualidades de couro, mas na minha santa ignorância, aqueles estavam ótimos! Não comprei porque fiquei com medo que não fosse e quando entendi como funcionava o “mercado negro do couro turco” e resolvi comprar, era domingo e estava tudo fechado. Não satisfeita e procurando na internet sobre alguma informação dos couros turcos, achei a indicação de uma loja com jaquetas de design diferenciado (tudo no mercado é igual) e com uma qualidade e acabamento indiscutível chamada Prens Leather Sei que nao posso carregar, mas nao resisti e comprei um maravilhoso, porém mais caro. vou mandar algumas coisinhas pelo correio logo. A mochila está cada vez mais pesada!

*Bazar Egípcio

O Bazar Egípcio ou Spice Bazar é um Grand Bazar menor e com mais temperos e especiarias, mas também com muito ouro, prata, bugigangas, panos, porcelanas, tapetes, pashminas…. ou seja, um sonho para as consumistas de plantão!

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Palácio de Dolmabahce
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A Mesquita Azul à noite fica ainda mais exuberante
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Mesquita Azul
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Istambul é uma cidade de contrastes, entre o antigo e o novo

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Nosso próximo destino: Capadocia, Pamukkale e Ephesus!
Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

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