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Comida pronta e saudável por mais tempo sem precisar de geladeira
Frango desfiado, feijões, feijoada, canjica, grão de bico, mandioca e beterraba. O que todos esses ingredientes têm em comum? O trabalho e o tempo necessários para a preparação. Escolher, descascar e cozinhar a mandioca, cozinhar o frango e depois desfiar, deixar o feijão, a canjica ou o grão de bico de molho antes de ir pra panela, selecionar a cenoura e a batata, cozinhá-las, escorrer e cortar. Se você não for cozinheiro ou profissional de cozinha, já imaginou o tempo que leva o preparo de pratos com qualquer um desses ingredientes.
Todos gostam e querem comer bem. Sabor e qualidade são características cada vez mais procuradas por quem preza por uma boa alimentação, mas as a agenda apertada no trabalho, a rotina com os filhos e os compromissos deixam as pessoas sem tempo (e disposição) para encarar o fogão depois de um dia cheio. A comida pronta, neste caso, pode ser uma saída. Mas é preciso atenção, pois muitos alimentos disponíveis nos supermercados trazem grandes quantidades de conservantes que comprometem a saudabilidade do produto.
Opções práticas com ingredientes frescos existem há bastante tempo. Os congelados, por exemplo, são uma boa alternativa. Outra opção é o alimento cru ou semicru embalado a vácuo, antigo conhecido dos restaurantes e serviços de catering.
Acostumados com o sous-vide (em francês, sob vácuo), chefs e cozinheiros já adotam essa técnica há bastante tempo. Ricardo Filizola, do La Cocina Eventos, é adepto do sous-vide em seu trabalho e, para ele, a principal vantagem dessa técnica de cozimento é garantir a uma comida uniforme a todos os participantes. “Com um bom planejamento e flexibilidade, conseguimos servir um cardápio contendo 100 filés de carne com exatamente o mesmo ponto usando a técnica sous-vide”, afirma.
Inovação e Tecnologia
A inovação do setor de comidas prontas está na tecnologia de alta temperatura – processo que esteriliza e cozinha os alimentos em grandes máquinas chamadas autoclaves. Com essa técnica, o alimento não sofre adição de conservantes e seus nutrientes são preservados. A novidade é que o produto final não precisa de refrigeração ou congelamento para ser armazenado.
O engenheiro de produção e diretor geral da Vapza, Enrico Milani, explica que o processo utilizado consiste em cozinhar e esterilizar o produto dentro da própria embalagem, aplicando vapor em alta temperatura. “O vácuo remove o oxigênio da embalagem deixando o alimento livre de micro-organismos capazes de se reproduzir em condições não refrigeradas de armazenamento e distribuição. Isso confere maior manutenção da cor e sabor, garantindo frescor aos alimentos”, afirma Milani. “Além das características sensoriais, as características nutricionais também são mantidas”, completa.
A tecnologia utilizada veio da França, mas a empresa é 100% brasileira. Mais de 15 países são atendidos pela Vapza, incluindo grupos religiosos adeptos do islamismo e do judaísmo, que exigem regras bastante específicas na manipulação do alimento.
Vídeo animado ilustra tecnologia de alta temperatura
Variedade
São mais de 30 produtos entre as linhas Só Aquecer, receitas prontas para serem consumidas, Dê Seu Toque Final, com alimentos que precisam de algum tempero ou ingrediente para finalizá-lo e a linha Orgânico. Entre os produtos estão leguminosas, grãos e carnes. Todos sem adição de conservantes. Um plástico específico e resistente é utilizado nas embalagens e aguenta as altas temperaturas a que são submetidos. Andreia dos Santos, gerente de pesquisa e desenvolvimento da marca, garante que mesmo plásticas, as embalagens utilizadas pela Vapza são totalmente seguras e não liberam substâncias tóxicas quando aquecidas.
Filizola reconhece que esse tipo de produto disponível no mercado facilita muito o dia a dia. “Se estamos falando em facilitar a vida da dona de casa, o uso doméstico do alimento já cozido é uma boa opção”, afirma.
Veja receitas práticas com produtos a vácuo