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Mesmo quem nunca esteve na Itália nem descende da buona gente de lá – como o repórter que assina estas linhas – sai do restaurante Gianfranco Massas com a certeza de que acaba de comer em uma autêntica cantina italiana, sem frescuras. Dá até vontade de sair gritando – alto, como um bom italiano – todas as palavras na língua de Dante que um inculto brasiliano conhece de cor: spaghetti, taglierini, ravioli, cannelloni… Todas massas italianas, sinal de que Itália e comida são quase sinônimos para o brasileiro. Todas no cardápio do Gianfranco Massas, sinal de que o restaurante é mesmo originale.

A começar pelo nome. A casa é batizada com o nome do seu proprietário e chef, Gianfranco Meneghini, italiano da pequena cidade de Lonigo, na região do Vêneto – norte da Itália. Radicado em Curitiba, ele foi para a cozinha profissionalmente depois que desfez a sociedade que tinha em uma empresa de metalurgia e se viu “com uma mão na frente e outra atrás”, como lembra sua esposa e braço-direito no restaurante, Wilma. Foi do filho, Fábio, que também trabalha com Gianfranco, a idéia: “porque o pai não começa a vender suas massas”? Deu certo. E o que era uma pequena rotisseria, com apenas três mesas para atender às funcionárias de um salão de beleza próximo, transformou-se em um sucesso na região do Jardim das Américas – hoje em outro imóvel, com capacidade para quase 130 pessoas.

Esse crescimento se deve à qualidade da comida que é feita por lá. Os nomes dos pratos são escritos no cardápio em italiano, a pedido dos clienti mais tradicionalistas. Por isso, encha a boca para pedir um Taglierini al Diavolo com Pecoro (Talharim ao Diabo com Carneiro). O nome é forte, mas o sabor é agradável. A massa é feita com erva doce e pimenta calabresa, servida com pedaços de carneiro e brócolis. O prato custa R$ 37 e só é servido no jantar. Os risotos também são opções apenas à noite. Destaque para o Risotto di Funghi con Filetto Gianfranco – arroz, cogumelo seco e mignon ao molho de cogumelo com vinho – também por R$ 37. Esses, aliás, são os pratos mais caros do cardápio do restaurante e servem a duas pessoas – como todos os outros. Também à noite, de abril a outubro, a casa oferece bufê de ministra (sopa) a R$ 12 por pessoa.

Na hora do almoço, os pratos mais pedidos, segundo Wilma, são os ótimos Rotolo al Quattro Formaggio e Funghi (Rondéli aos Quatro Queijos e Funghi), a R$ 22, e o Spaghetti Carbonara, a R$ 17, com o famoso molho de ovos, queijo parmesão, bacon e cheiro verde – esse último, imperdível. Além das massas, há três opções de carnes, como o Filetto con Capperi e Mostarda (Filé com Alcaparras e Mostarda), por R$ 20. E por aí o cardápio vai, com uma variedade de canelones, lasanhas, noques, raviólis, tortelonis… Todas a preços bastante acessíveis e com opção de meio prato, para servir a uma pessoa.

Ambiente

O restaurante é simples e honesto, com mesas cobertas por toalhas verdes, vermelhas e brancas, como a bandeira da Itália – é claro. Nas paredes, marcas de outras paixões do chef Gianfranco, além da cozinha: camisetas de times de futebol italianos (ele torce para a Juventus, de Turim), um pequeno santuário da Ferrari (com carrinhos, pôsteres e bibelôs) e um quadro com fotos antigas da banda A Chave, da qual Gianfranco fez parte. O chef, que já foi baterista da histórica banda de rock paranaense, hoje batuca as panelas e toca uma legítima e afinada tarantella.

Serviço – Gianfranco Massas: Rua Senador Batista de Oliveira, 167, Jardim das Américas. Fone (41) 3266-2605. Abre de terça a sexta-feira, das 11h30 às 14 horas e das 19 às 22h30. No sábado, abre das 11h30 às 15 horas e das 19 às 22h30. No domingo, das 11h30 às 15 horas. Há delivery para a região do restaurante, que também atende a eventos.

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