Bebidas
Feira apresenta lançamentos e vinhos premiados ao mercado curitibano
Um dos maiores eventos do setor realizado este ano na capital paranaense, a quinta edição do Curitiba Expovinhos recebeu nesta segunda-feira (23) cerca de mil pessoas para conhecer 500 rótulos de vinhos originários de 16 países, entre tintos, brancos, rosés e espumantes. A exposição seguiu o formato wine show, no qual foram degustadas 700 garrafas nos estandes das importadoras participantes.
Mantendo a tendência dos últimos anos, os vizinhos Chile e Argentina se destacaram por uma melhor relação custo-benefício, mas o evento apontou que os brasileiros vêm descobrindo vinhos soberbos e acessíveis do velho continente, em especial de Portugal e da Itália. “O Chile e a Argentina popularizaram o consumo de vinho no Brasil nos últimos 20, 30 anos. Agora, as vinícolas europeias estão buscando se adaptar ao paladar dos brasileiros para disputar este mercado tão importante, trazendo vinhos mais fáceis e menos estruturados, para o dia a dia”, comentou o português João Palhinha, da importadora Qualimpor, que trabalha com vinhos portugueses das regiões do Douro, Alentejo e Porto, e também da Cataluña, na Espanha.
Palhinha conta que a vinícola alentejana Herdade do Esporão, uma das mais antigas e tradicionais de Portugal, acaba de vencer um teste às cegas com os principais sommeliers de Belo Horizonte, no qual o Esporão Reserva Branco (R$ 84) ficou em primeiro lugar, desbancando produtores franceses renomados, como Seguin-Manuel e Montmains.
Quem estava em busca de lançamentos pode conhecer três rótulos trazidos pela importadora Cantu: Herdade da Pimenta 2010, do Alentejo, ao custo de R$ 82; Firriato Bordonaro Branciforti Nero D’Avola, da região italiana da Sicília, por R$ 50, e o francês Franc Beauséjour, ao preço de R$ 46, com excelente relação custo-benefício, por se tratar de um vinho de Bordeaux.
Da região argentina de Mendoza, chegam pela importadora All Wine dois vinhos especiais: o tinto Viña Amalia Malbec Reserva 2011, que obteve 95 pontos na Decanter Magazine, e o branco Trapezio Sauvignon Blanc 2012, eleito um dos melhores lançamentos do ano com esta cepa de uvas, com 91 pontos no guia Descorchados 2013. Respectivamente, custam em torno de R$ 45 e R$ 56. A vinícola Amalia apresenta ainda seu top de linha, Carlos Basso Signature Petit Verdot 2007 (R$ 170), enquanto a Trapezio destaca o BoBó 2009, com 70% de uvas Malbec e 30% de Cabernet Franc, ao preço de R$ 150.
Fora do eixo
Fora do eixo
Charlston Dalmonico, representante da importadora Berenguer, admite o favoritismo dos chilenos e argentinos no país, mas conta que, hoje, o segundo vinho mais vendido entre os 60 rótulos da importadora é o sul-africano Music, da vinícola D’aria, produzido a partir do blend entre uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Shiraz. “Vinhos sul-africanos são mais elegantes, leves, macios e fáceis de beber em relação aos chilenos e argentinos, que são mais encorpados. O brasileiro finalmente começa a descobri-los, geralmente por indicação de quem já conhece”, diz. No mercado, o Music custa R$ 55 para o consumidor final.
Outro sul-africano que merece destaque é o Nederburg Foundation Cabernet Sauvignon, vinho frutado, com nuances de carvalho e aroma de especiarias, que chega ao Brasil pela importadora Porto a Porto, custando R$ 34.
Quem esteve no Curitiba Expovinhos ainda pode conhecer a produção da Eslovênia, uma das vitiviniculturas mais antigas do mundo, embora desconhecida dos brasileiros. A importadora curitibana Eslavino ofereceu cinco opções para degustação, entre elas o Movia Modri Pinot 2005, cultivado em uma região famosa pela sua semelhança com o terroir da Borgonha. Feito com uvas Pinot Noir, este tinto envelhece em barris de carvalho francês durante quatro anos. O preço médio é R$ 120.