Eventos Bom Gourmet
Festival leva milhares de fãs ao Rio
O nome oficial é Mondial de La Bière, um festival internacional de cervejas, que, pelo segundo ano seguido, acontece no Rio de Janeiro. Mas já tem gente apelidando o evento de Novemberfest, por conta da badalação e do público que atrai. O festival foi aberto na tarde desta quinta-feira no Terreirão do Samba, na Cidade Nova, e às 16 horas, só havia 300 dos 6.500 ingressos disponíveis. Os demais tinham sido comprados pela internet. Para o sábado, as vendas se esgotaram. E, para esta sexta-feira e o domingo, há uma sobra de apenas mil ingressos (juntando os dois dias). Até domingo, o evento deve reunir 26 mil pessoas.
“Há quatro anos vou à Oktoberfest (em Santa Catarina), ou seja desde 2010. Gosto muito de cerveja e tenho curiosidade para experimentar as artesanais”, diz Ueides de Lima Santana, de 36 anos, morador de Niterói, que levou a amiga sergipana Valquíria Almeida da Silva, que faz turismo no Rio, para conhecer o evento.
O festival, que vai desta quinta-feira até domingo, das 14 às 23 horas, reúne nada menos do que 600 rótulos de cervejas nobres e 60 expositores. Participam cervejarias especiais, como Colorado, Jeffrey Store, St. Gallen, Noi, Baden Baden, Jacobinos, Backer, Bodebrown, 2 Cabeças Cervejas, Eisenbahn e Krug Bier. Os ingressos custam R$ 35.
Uma área climatizada de quatro mil metros quadrados foi montada no Terreirão para atender ao público. Além da degustação, o festival inclui concursos, shows e bate-papos. Entre o público desta quinta-feira, havia muitos fãs de carteirinha das cervejas artesanais. Caso do designer Henrique Soares, de 29 anos, morador do Andaraí. “A cerveja convencional não me atrai muito”, conta ele. “Quem me levou para esse caminho foi meu irmão, que é cervejeiro”.
Irmão de Henrique, Renato Soares, um químico de 31 anos, produz cerveja em casa, apenas para consumo da família e de amigos. “Pertenço à Associação dos Cervejeiros do Estado do Rio”, diz Renato, orgulhoso. Mulher de Renato, a psicóloga Érica Woodruff também entende muito do riscado: “O Renato produz cerveja do tipo India Pale Ale, que é mais forte, mais amarga. Mas ele pretende produzir a Red Ale, minha preferida, que é avermelhada, mais maltada”. Amigo da família, o publicitário Lúcio Bairral, de 35 anos, resolveu ir ao festival a caráter. Usou uma roupa de monge. E deu a explicação: “Estou homenageando os cervejeiros monges trapistas da Europa, que fazem as melhores cervejas do mundo”.
O Mondial de La Bière é realizado há 20 anos, em Montreal, no Canadá, e em Mulhouse, na França.