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Na comunidade de olhos rasgados e conversando com donos de restaurantes da capital e da região metropolitana de Curitiba, busquei uma resposta unânime e definitiva sobre qual teria sido o primeiro restaurante japonês aqui aberto.Todos os caminhos e lembranças indicam que foi o Nara, localizado na Avenida Iguaçu há cerca de 50 anos.

No decorrer do tempo, pelo mesmo imóvel, onde hoje está instalado o Fonk (que oferece comida italiana, brasileira, japonesa e chinesa), passaram diferentes nomes e proprietários (chineses, coreanos, japoneses). Mas o fato é que o Nara abriu caminho para o aparecimento (e crescimento) da culinária japonesa na capital.

Depois do término da segunda grande guerra, os orientais, que não há muito haviam chegado a este lado do mundo, descobriram que o solo deste país tropical era bom para cultivar pimenta. Quietos e operosos, os japoneses foram chegando, sabendo co­­mo transformar nossos moranguinhos em lindos e exagerados morangões, ou desenvolvendo o cultivo de novos vegetais para incrementar caldos e saladas.

Com apenas 18 anos, o jovem Mako­to Nakaba, nascido em Amami (pequena ilha ao sul do arquipélago), foi um dos japoneses que vieram ao Brasil. Chegou em São Paulo em fevereiro de 1959. Em 1962, ao lado de uma tia, veio para Curitiba. Naqueles idos, tia e sobrinho abriram seu primeiro restaurante, o Tempô. Plantando flores e morangos em propriedade à beira de estrada velha para Joinville, corajosamente abriram por ali as portas de um outro restaurante especializado, o Ilha Verde.

Tempos depois, em 1981, investiram no Nakaba, hoje o mais antigo dos restaurantes japoneses ainda em funcionamento da cidade. A casa ocupou endereços no centro (ruas Lamenha Lins e Nunes Machado) e há ano e meio está instalada no alto da Vicente Machado. Sempre sob o comando pessoal de Makoto Nakaba e sua esposa, Nobumi.

Com mobiliário e decoração japoneses, a entrada tem lanternas e uma pequena ponte vermelha, sob a qual nadam carpas. Quem quiser pode ler revistas e jornais japoneses enquanto espera por uma mesa.

No colorido e extenso cardápio, com os mais variados preços (ovas de salmão do Japão custam RS 29,50, enquanto ni­­guirizuchi de polvo, camarão ou kani não passa de R$ 4,70 a unidade), têm destaque o gyosa, o yakimeshi (risoto japonês), o teppanyaki, o yakissoba (de carne, frango ou camarão), sashimi e sushi, o donburi, o sukiyaki e o hossomaki.

E mais: o cliente pode pedir teisho­ku (refeição completa) e pratos completos de yakissoba. Quem não dispensa um doce pode pedir banana caramelada, tempurá de sorvete ou sorvete de chá verde. De terça a sexta-feira, o sistema do restaurante é o bufê de pratos quentes e frios (R$ 34 por pessoa). Se incluir sashimi, o preço sobe para R$ 49. No jantar de sábado, domingo e feriado, o rodízio custa R$ 54.

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Serviço:

 

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