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Está em Santa Catarina? Tem peixe fresco a partir de R$ 4 o quilo neste verão
Não há época em que os peixes sejam mais desejados do que no verão. Com o aumento da temperatura, a pedida é por uma refeição mais leve que combine com um dia ensolarado de praia. Para trazer ainda mais frescor à mesa, a pedida são os pescados da estação, que costumam ser mais ricos em sabor.
Nos mercados ou peixarias, é importante perguntar qual o peixe mais fresco do dia e procurar aqueles que estão com a boca fechada. A dica é do chef Narbal Correa, da Rita Maria Lagosteria, de Florianópolis. Os peixes que estão a boca aberta ou são muito magrinhos costumam ter menos sabor. Outra dica é escolher os peixes inteiros, com a cabeça, e pedir para o peixeiro limpar. O armazenamento em bandejas, por exemplo, costumam comprometer o sabor.
Para Narbal, que também é pescador, não existe pescado ruim, o que existe é peixe velho, mal armazenado e mal preparado. A maior parte deles, quando saiu do mar há poucas horas, fica excelente se temperado apenas com sal e limão e nas formas de preparo mais simples possíveis: assados, na brasa, grelhados ou fritos. Algumas espécies, como a garoupa e o badejo, são ideais para caldos e moquecas. Já o robalo, é o tipo perfeito para ser consumido cru, na forma de tartar, sashimi e ceviche.
Manezinho/xelerelete
Este é um peixe de verão e de pequeno porte. Como é facilmente capturado em cardumes e encontrado em abundância no litoral, o preço do quilo é baixo (entre R$ 4 e R$ 10), dependendo da peixaria. Por mais que tenha sabor semelhante à anchova e à tainha, o manezinho não costuma estar presente no cardápio dos restaurantes.
É um peixe popular, de cozimento rápido, que tem seu sabor na brasa, temperado apenas com azeite, sal, limão e alfavaca. Também pode ser cortado em postas e frito, ou defumado e rechear sanduíches.
Bagre
No litoral de todo o país, é possível encontrar mais de 20 espécies de bagre. Em Santa Catarina, ele está no topo da lista de pescados mais comercializados em mercados e peixarias. Não é um peixe nobre, valorizado por grandes chefs, mas faz parte do dia a dia da cozinha dos moradores locais. Também pode ser encontrado pelo nome de “filé de rosado” em restaurantes. No Mercado Público de Florianópolis, o quilo gira em torno de R$ 7.
Seu ponto alto é a versatilidade. Serve para caldos e moquecas, pode ser preparado na forma de filé à belle meuniere (empanado, com molho de manteiga e acompanhado de champignons, camarões) ou escalado, da mesma forma que a anchova e a tainha.
Corvina
É o peixe mais abundante do verão catarinense, mas costuma estar presente nas peixarias o ano inteiro. Possui a mesma fama do bagre, de peixe popular, e seu preço varia entre R$ 8 e R$ 15.
Em Santa Catarina, seu preparo mais comum é cortada em postas e cozida em ensopados. Também pode rechear bolinhos e escondidinhos. Os comerciantes do Mercado Público de Florianópolis sugerem atenção nos restaurantes. Há estabelecimentos que usam a estratégia de colocar a corvina já limpa de molho em água gelada para embranquecer a carne e parecer filé de pescada.
Pescada amarela
De pescadas, o mar é cheio. São mais de 30 espécies diferentes no litoral brasileiro. A amarela costuma atingir o maior porte e ser mais valorizada pelos cozinheiros profissionais. Nas peixarias, é encontrada cortada em filés. Já nos restaurantes, sua forma de preparo é semelhante a do linguado. Uma das tendências em Santa Catarina é empaná-la na farinha panko (farinha de pão japonesa) e servir com purês. Também costuma ser assada na brasa ou no forno inteira, com a pele e a cabeça, sobre uma cama de legumes. O quilo do filé custa em média R$ 25.
Garoupa
A garoupa é conhecida como a rainha das moquecas. Suas postas avermelhadas são facilmente encontradas tanto nas peixarias quanto nos restaurantes mais sofisticados de Santa Catarina. Além dos ensopados com leite de coco e dendê, pode ser feita na brasa ou assada em postas ou em filé. Apesar de ser um peixe considerado nobre, o preço do quilo (cerca de R$ 50) continua subindo porque a oferta diminui a cada ano.
Linguado
Junto com a garoupa, tainha, anchova e pescada, o linguado integra a lista de peixes mais presentes nos cardápios dos restaurantes catarinenses. Trata-se de um peixe de grande porte, carne branca, que ostenta o título de sofisticado. Em Florianópolis, o preço do quilo gira em torno de R$ 50. Por apresentar sabor muito suave, o linguado deve ser preparado com temperos leves, como vinho branco e ervas finas. Em geral, é vendido e preparado como filé, empanado e servido com molho de camarão, ou apenas grelhado e servido com molho de ervas e alcaparras.
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