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Produtos & Ingredientes

Mel, uva e erva-mate do Paraná ganham Indicação Geográfica

Ronise Vilela, Especial para Gazeta do Povo
18/09/2017 22:25
A erva-mate de São Mateus do Sul, as uvas finas de Marialva e o mel de abelhas do Oeste do Paraná são os novos produtos do Paraná reconhecidos por indicação geográfica do Instituto Nacional da Propriedade Nacional (INPI).
O registro faz um mapeamento das regiões produtoras em todo o Brasil a fim de incrementar a produção local de pequenos investidores, com critérios que valorizam o negócio, a localidade e o valor agregado ao produto no mercado. “O modo de fazer, sua notoriedade, sua história, questões climáticas, são alguns aspectos considerados para essa avaliação, que busca a valorização do pequeno produtor e sua marca reconhecida”, explica a coordenadora estadual de Agronegócios, Alimentos e Bebidas do Sebrae, Andreia Claudino.
Desde 2012, o Sebrae desenvolve 12 projetos para o pedido de indicações geográficas e denominação de origem em várias regiões do Paraná. Além dessas novas três regiões contempladas nos meses de junho e julho e divulgadas no site do INPI há poucos dias, já foram reconhecidos os cafés especiais do Norte Pioneiro com os cafés especiais, Ortigueira com o mel por denominação de origem e Carlópolis pela goiaba. Outros produtos estão em processo de avaliação (veja abaixo).

Tipos de registros

A indicação geográfica se distingue por dois tipos de reconhecimento, por meio de um acordo de cooperação técnica entre o INPI e IBGE com a finalidade de delimitar a região de seus produtores, geralmente representados por suas entidades cooperativas.
Indicação de Procedência: referente ao nome de um país, cidade ou região conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.
Denominação de Origem: faz o reconhecimento do nome de um país, cidade ou região cujo produto ou serviço tem certas características específicas graças a seu meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

Inédito

Além dos produtos, o Paraná busca um registro inédito no Brasil. Trata-se do modo de preparo típico do barreado do litoral paranaense, que teve seu primeiro pedido formalizado ao INPI como indicação de procedência de serviço gastronômico.
“Deve ser o primeiro serviço no Brasil dessa natureza, a ser reconhecido pelo INPI. O objetivo é resgatar como o prato é feito, seus elementos, o processo, levando em conta quantidade, tipo de instrumentos usados, levando o consumidor a uma experiência gastronômica legítima, cultural, fomentando o turismo, sabores típicos da região de origem”, detalha Andréia.  As regiões litorâneas são Guaraqueçaba, Antonina, Morretes e Paranaguá.

Veja quais produtos do Paraná ainda buscam a Indicação Geográfica:

Barreado do litoral
De origem portuguesa, o prato é intimamente ligado a outras práticas culturais como festas comunitárias e religiosas, Carnaval e Fandango.
Cachaça do litoral
A produção da bebida nesta região já ocorria no século XVIII e, atualmente, recebem prêmios em concursos internacionais de bebidas destiladas, comprovando a notoriedade internacional do produto.
Derivados de banana do litoral
Eles são bala de banana, banana passa, farinha de banana, chips de banana e doce em pasta de banana.
Farinha de mandioca do litoral
A produção é feita artesanalmente com um processo que não remove o amido. A farinha é acompanhamento indispensável do barreado.
Melado de Capanema
A produção de melado em Capanema é artesanal e realizada até hoje seguindo o as técnicas dos agricultores descendentes de italianos e alemães.
Queijo de Witmarsum
A Cooperativa Witmarsum produz 11 tipos diferentes de queijos: queijos frescos (minas frescal e ricota fresca), queijos semi-moles (asiago e colonial), queijos maturados por fungos (brie e camembert) e queijos curados (appenzeller, emmental, raclette e fondue).

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