• Carregando...

Nascido em Viareggio, na região da Toscana (Itália), o chef Giovanni Luchini veio pela primeira vez ao Brasil a convite de amigos que tinham um restaurante em Paraty (RJ). Como também tinha conhecidos em Curitiba, veio conhecer a capital paranaense. Não foi mais embora.

Giovanni era chef-proprietário de um pub em Viareggio, que ele define como spaghetteria, cantina e pizzaria. Hoje a casa continua sob a direção de seus dois filhos, que permaneceram na Itália.

Seu primeiro empreendimento, no Paraná, foi produzindo molhos que eram colocados à venda em delicatessens e entre amigos. E foi por sugestão de amigos que resolveu abrir a cantina.

O Sapor Italia começou a funcionar na Rua Padre Anchieta, no Champagnat. Acanhado no espaço. Apenas 20 lugares. Mas com uma comida de fazer inveja às mammas italianas. Há três anos a cantina se instalou num casarão da Avenida Iguaçu, agora com capacidade para 60 lugares. Ao cruzar a porta de entrada, o cliente vai se sentir com um pé na Itália, não apenas pelos pratos que vai saborear.

O espaço físico, a decoração alegre, tudo remete as deliciosas cantinas italianas. Tijolos aparentes nas paredes com inúmeros posteres e fotos do balneário de Vilareggio. Mesas cobertas por toalhas xadrez em tonalidades verde e vermelha completam o cenário.

O ar é cheiroso, mistura de alho, cebola, linguiça, presunto pendurados em uma viga junto ao balcão. Ao fundo, uma prateleira expõe produtos da casa. São molhos, patês, berinjela temperada, biscotto contuccini (feito com amêndoas, para serem consumidos com café ou vinho de sobremesa), à disposição dos fregueses. O chef-proprietário conseguiu criar uma refinada atmosfera de cantina italiana. Aconchego e simplicidade são as marcas da casa.

Cardápio

A potencialidade do restaurante pode ser retratada com uma olhadela no cardápio. Quem conhece o Sapor Itália desde a sua inauguração (Rua Padre Anchieta) vai constatar que as sugestões são as mesmas. Uma ou outra alteração. Nada de surpresas. Nem precisa.

A comida é muito boa e sem pretensão. É feita com autenticidade caseira do país da bota. Até mesmo o horário de funcionamento não foge à regra. A partir das 23 horas, as panelas não vão mais para o fogão. “Quem vem aqui é para jantar”, diz.

Quase tudo no restaurante é artesanal. Giovanni faz as massas, molhos e outros pratos à maneira que aprendeu em sua terra natal.

O cardápio é sucinto, mas saltam aos olhos sugestões como o pappardelli de javali (R$ 32), ravioli de formaggio pecorino (R$ 41), polenta com coelho ensopado (R$ 38), entre outros.

Como a maioria das cantinas italianas, ali também há pizzas e focaccias. A pizza capricciosa (R$ 30) é uma das mais solicitadas. É individual, com molho de tomate, mossarela, alcachofra, presunto cozido, azeitonas e funghi.

No domingo, o destaque fica para o coelho com alegrim, assado no forna à lenha – custa R$ 32.

A carta de vinhos não é extensa. Prevalecem os italianos, mas há duas sugestões de argentinos e de chilenos.

E foi no Sapor Italia que os primeiros esboços do filme Estômago (do diretor Marcos Jorge) foram escritos. Foi também ali que o ator Carlos Briani fez, com Giovanni, o laboratório para encarar o seu personagem como chef de cozinha italiano.

Serviço

Sapor Italia – Avenida Iguaçu, 1.276 – abre de terça a sábado, para almoço e jantar; domingo com almoço – (41) 3018-1177.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]