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Ator era um desconhecido quando foi chamado por Coppola. | Maarten De Boer/Divulgação
Ator era um desconhecido quando foi chamado por Coppola.| Foto: Maarten De Boer/Divulgação

“A interpretação se transforma em algo natural quando está fazendo há tanto tempo como eu”.

Al Pacino, ator.

Poucos em Hollywood envelhecem tão bem como Al Pacino, um mito do cinema que fez 75 anos no sábado passado (25) em plena sequência criativa e sem intenção de diminuir o ritmo da carreira, sem esquecer o lugar onde tudo começou: o teatro.

“Enquanto houver paixão, quero continuar. A interpretação se transforma em algo natural quando está fazendo há tanto tempo como eu, e é quase inimaginável pensar em deixá-la”, diz o ator em entrevista ao jornal britânico Mirror.

“Tenho consciência de que estou velho, mas ainda posso fazer isto”, diz.

E como. No último ano e meio estreou três filmes (O Último Ato, Manglehorn e Não Olhe para Trás, este ainda em cartaz nos cinemas) que, apesar de não terem sido sucessos comerciais, deram a ele algumas das melhores críticas nos últimos 15 anos, e já prepara Beyond Deceit, junto com Anthony Hopkins, e The Trap, com James Franco e Benicio del Toro.

Ator esteve frequentemente bêbado e sem teto

Antes de ganhar o Oscar, a Academia o havia indicado por O Poderoso Chefão (1972), Serpico (1973), O Poderoso Chefão 2 (1974), Um Dia de Cão (1975), Justiça para Todos (1979), Dick Tracy (1990) e O Sucesso a Qualquer Preço (1992)

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Mas possivelmente o projeto que faz os olhos de Pacino brilharem é a obra teatral China Doll, com a qual voltará à Broadway no final do ano dirigido por David Mamet, com quem já trabalhou nos espetáculos American Buffalo (1983) e Glengarry Glen Ross (2012, adaptação do filme O Sucesso a Qualquer Preço, de 1992).

“Posso dizer que quase nasci no teatro”, disse Pacino em novembro, durante um evento em Los Angeles. “Foi minha infância e minha educação na vida. Estou mais confortável ali do que fazendo filmes. E é onde encontro os maiores desafios. Amo a cada noite entrar em cena e não saber o que vai acontecer”.

O ganhador do Oscar por Perfume de Mulher (1992), no entanto, demorou para encontrar seu lugar na Hollywood do novo século. Encadeou uma série de filmes que não estavam a sua altura (Contato de Risco, 2003; 88 Minutos, 2007; As Duas Faces da Lei, 2008; Cada um Tem a Gêmea Que Merece, 2011), mas a televisão o recuperou com personagens de ouro na minissérie Angels in America (2003) e os telefilmes You Don’t Know Jack (2010), pelos quais ganhou o Emmy e o Globo de Ouro, e Phil Spector (2013).

Na realidade, mesmo que nunca tivesse retomado sua série de boas interpretações, seu legado falaria por si só.

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