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Homenagem a estudantes mortos na Escola Primária de Sandy Hook, em Newtown | Mike Segar/Reuters
Homenagem a estudantes mortos na Escola Primária de Sandy Hook, em Newtown| Foto: Mike Segar/Reuters

Tudo parecia normal na manhã de 14 de dezembro de 2012 em Newtown, cidade de aproximadamente 27 mil habitantes no estado de Connecticut, nos EUA. Na Escola Primária de Sandy Hook, os alunos assistiam às aulas tranquilamente, como todos os dias. Tudo transcorria normalmente até pouco depois das 9h30, quando um jovem de 20 anos mudaria tudo. Para sempre.

Anatomia de um assassino suicida

Andrew Solomon, finalista do Prêmio Pulitzer com o livro “O Demônio do Meio-Dia – Uma Anatomia da Depressão” escreve sobre a falta de sentido que envolve massacres como os de Columbine e Newtown, nos Estados Unidos

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Newtown

Esse jovem era Adam Lanza, o rapaz citado no texto de Andrew Solomon que foi o responsável por uma das maiores tragédias dos últimos anos em território americano. Armado com um rifle e várias pistolas, Lanza entrou na escola vestido de preto e começou a disparar contra as pessoas que encontrava. Entrava nas salas de aula e atirava contra alunos e professores indiscriminadamente. Quando parou, fez um último disparo, contra a própria cabeça.

O saldo final foi de 26 mortos, sendo 20 deles crianças de 6 e 7 anos. Os seis adultos eram funcionários da escola. Antes de comandar o massacre, Lanza já havia feito uma vítima em casa. A mãe, Nancy, de 52 anos, foi encontrada morta a tiros. O irmão de Adam, Ryan, disse à polícia acreditar que seu irmão sofria de um transtorno de personalidade.

Columbine

Treze anos antes, outro episódio de violência ocorrido em uma escola chocou os americanos. Em seu texto Solomon também faz referência ao massacre de Columbine, ocorrido em 20 de abril de 1999. No condado de Jefferson, no Colorado, dois estudantes, Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, entraram armados no Instituto Columbine e dispararam contra alunos e professores.

A ação dos dois amigos terminou com 13 mortos – 12 alunos entre 15 e 18 anos e um professor – e 25 feridos. Os dois atiradores, assim como Adam Lanza, também se suicidaram após a ação. Muito se discutiu sobre a motivação do ataque, mas, segundo relatos de pessoas próximas e os diários dos dois jovens, eles alimentavam um plano de vingança por serem ridicularizados dentro da escola.

Entender por que Adam Lanza matou só é possível se entendermos por que ele desejou morrer. Assim estaremos preparados para ver além do mal e para se concentrar na compaixão que acaba com ele.

Andrew Solomon

Tucson

Outro episódio lembrado por Solomon ocorreu na comunidade de Tucson, no Arizona, em 8 de janeiro de 2011. Dessa vez, as vítimas não eram estudantes. O palco era um centro comercial onde a então congressista Gabrielle Gilfords comandava uma reunião pública. Foi quando Jared Lee Loughner chegou disparando contra os participantes, matando seis pessoas e ferindo outras 13. Entre os feridos estava Gabrielle, que após dias em coma, passou por um delicado processo de recuperação. Dessa vez, porém, não houve suicídio. O atirador, que sofre de esquizofrenia, foi preso em 2012 e condenado à prisão perpétua.

Alpes

Mais recentemente, um episódio trágico envolvendo suicídio e mortes em massa chocou o mundo. A queda de um avião com 150 pessoas nos Alpes suíços, em 24 de março deste ano, já era uma tragédia grande por si só. Dias depois, as investigações revelaram um desfecho ainda mais macabro: o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, lançou deliberadamente a aeronave da Germanwings contra as montanhas.

A história pregressa de Lubitz mostrava indícios de uma tragédia anunciada. O copiloto chegou a ser afastado das atividades para tratar uma depressão e, dias antes do incidente, buscou informações sobre suicídio.

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