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MAC montou uma sala única com as cinco fotografias doadas por Macaxeira ao espaço, em 2013. | Macaxeira/Reprodução
MAC montou uma sala única com as cinco fotografias doadas por Macaxeira ao espaço, em 2013.| Foto: Macaxeira/Reprodução

Uma questão que considera recente no debate do mercado da arte – a fotografia valorizada tanto como outros suportes – fez com que a diretora do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC), Lenora Pedroso, começasse um levantamento sobre o que existia no acervo em técnica fotográfica. João Urban, Nego Miranda, Daniel Katz, Vilma Slomp e Rossana Guimarães foram alguns nomes encontrados por Lenora, reunidos na nova mostra do espaço, A Fotografia no Acervo do MAC/PR .

Além de fotografias em grande dimensão e trabalhos que foram premiados no Salão Paranaense, a exposição traz os primórdios do acervo fotográfico montado pelo MAC, que começou no final dos anos 1980, com uma obra de Eduardo Nascimento, intitulada Homenagem a Aloísio Magalhães. No país, a arte fotográfica começou a ser incorporada e valorizada pelos museus recentemente, há menos de 50 anos.

Outra possibilidade é refletir sobre o que é de fato fotografia, pois Lenora também escolheu registros de instalações e performances realizadas no espaço. Se não tivessem sido fotografadas, dificilmente chegariam ao público. Exemplo é Acampamento dos Anjos, de Eduardo Srur, intervenção com barracas de camping coloridas, instaladas no MAC durante a 59ª edição do Salão, em 2002. “Não ficamos com a tenda no acervo, e sim com o registro fotográfico. É uma discussão contemporânea: como acervamos as obras que não têm uma duração grande ou física? Que não se pode repetir? O que fica é o registro, acredita Lenora. Há ainda dois vídeos, ou, como prefere a diretora do MAC, “fotografias em movimento”: um de Pablo Lobato, cujo protagonista é um sino de igreja, e outro de Marcelo Bobato, que traz cenas do movimento de uma escada.

Homenagem

O MAC dedicou uma sala especial para homenagear o fotógrafo Macaxeira. Funcionário da Secretaria de Estado da Cultura desde 1980, Carlos Roberto Zanello de Aguiar, morto no último dia 10, deixou uma vasta obra fotográfica, bastante voltada à cultura do Paraná. Cinco trabalhos, doados por ele ao museu em 2013, serão apresentados ao público. O livro do artista, Fandango do Paraná: Olhares, também estará em exposição. A mostra tem entrada franca e fica em cartaz até 13 de setembro.

  • Eduardo Nascimento/Reprodução
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