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“Cristo Carregando Cruz” é a obra mais antiga da mostra. | /Reprodução
“Cristo Carregando Cruz” é a obra mais antiga da mostra.| Foto: /Reprodução

O pintor alemão Martin Schongauer (1448 – 1491) foi o mais importante gravurista de seu tempo e um dos primeiros que se tem noticia no mundo a se dedicar à técnica.

Conhecido como o “belo Martin” (Martin schon, em alemão), era ele mesmo uma figura. Nascido na região da Alsácia, tinha como característica colocar elementos jocosos em imagens religiosas. Sua gravura “Cristo Carregando Cruz” é um exemplo disso.

Criada em 1475, é a peça mais antiga da exposição “Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural”, que o Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe nesta quinta-feira (30), a partir das 19h.

Exposição

Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural

De 30 de março a 27 de julho, de terça a domingo, das 10h às 18h.

Ingressos: R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada)

MON - Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico)

A mostra é composta por 140 gravuras que apresentam, de forma temática e didática, as diferentes técnicas de gravuras dos séculos XV a XIX.

Grandes nomes das artes plásticas se dedicaram a gravura que entrou para a história como uma espécie de “lado B” de suas carreiras de pintores.

Muitos deles estão representados na exposição como Manet, Delacroix, Goya, Toulouse-Lautrec e Rembrandt.

Mapa histórico

A curadoria da exposição é do arquiteto e historiador de arte Marcos Moraes, que dividiu as obras em cinco blocos, cada qual representando um século.

O curador criou um texto explicando quais as técnicas presentes no período em que cada obra foi composta, bem como as principais temáticas representadas.

Gravuras

As gravuras são desenhos feitos em superfícies duras com base em incisões, corrosões e talhos realizados com instrumentos e materiais especiais. Desta matriz artesanal surge a impressão da imagem pictórica. As técnicas mais comuns são a Xilogravura ( madeira), gravura em metal e serigrafia.

Moraes ressalta que a imagem impressa acompanha a humanidade desde os seus primórdios, mas foi na Idade Média que elas mudaram de status.

“Podemos remontar essa trajetória às primeiras mãos marcadas, por meio de pigmentos, nas paredes de grutas e cavernas. A mostra delimita um escopo e propõe um percurso histórico mapeando cinco séculos da produção gráfica europeia, iniciando-se por xilogravuras produzidas no século XV”, explica.

O curador destaca ainda a presença na mostra das ilustrações que o artista Gustave Doré fez para o livro “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, e também o trabalho do caricaturista Honoré-Victorien Daumier.

Dele, é exposto o original de charge publicada no Le Charivari, um dos principais jornais franceses no século XIV. Na mostra, a imagem está perpendicular à parede em moldura de acrílico, de modo a estar visível também a parte de trás da folha do jornal, com notícias e anúncios.

  • Retrato de Lola de Valence de Eduard Manet.
  • Autorretrato de Rembrandt.
  • Imagem religiosa com tons de ironia: marga registrada do “belo Martin”.
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