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Matt Groening, criador dos Simpsons, ao lado de cartaz com seu principal personagem: Homer Simpson | Phil McCarten/Reuters
Matt Groening, criador dos Simpsons, ao lado de cartaz com seu principal personagem: Homer Simpson| Foto: Phil McCarten/Reuters

Conforme “Os Simpsons” se aproximam do número recorde de episódios dentre todos os programas que já foram ao ar no horário nobre da TV norte-americana – neste domingo (16/10), a série da Fox comemorou seu episódio número 600, perdendo por apenas 35 da campeã “Gunsmoke” (1955-1975) – , as cabeças por trás do desenho animado às vezes se veem forçadas a responder a pergunta:

Então, quando é que a série finalmente vai terminar?

“Nunca!”, responde David Silverman, com uma risada, que é produtor veterano dos “Simpsons”, além de diretor, responsável por “Os Simpsons: o Filme” (2007) e também pela abertura do episódio de domingo.

“Nós não queremos que ela acabe”, diz Silverman, que está lá desde o começo, animando os curtas de quando os Simpsons tiveram sua estreia em 1987 nos intervalos de “The Tracey Ullman Show”.

“A gente diz, ‘Continuem!’ 600? Eu digo: ‘1000! Será que escuto 2000?’” comenta Silverman, erguendo a voz dramaticamente enquanto conversávamos num pub dos subúrbios de Washington na segunda-feira – não muito longe do lugar onde ele passou parte da juventude, em Silver Spring, estado de Maryland.

Para comparação, além de inspiração também, Silverman cita o tempo em que os curtas clássicos de desenhos de comédia dos Looney Tunes, da Warner Bros., ficaram no ar, entre 1930 e 1969.

“Não é que eles ficaram sem ideias, na verdade”, diz Silverman, citando o episódio “A Wild Hare” (1940), de Tex Avery, que foi indicado ao Oscar, como o auge da animação dos Looney Tunes. “Eles só ficaram sem mídia”. O estúdio Warner Bros. Cartoon fechou quando chegaram os anos 70, marcando o fim da “era de ouro” da animação.

“Para ‘Os Simpsons’, até o momento, nós não ficamos sem mídia ainda”, comenta Silverman. “Os Simpsons” contam com o recorde de maior número de temporadas (27) para programas com roteiro (i.e. não contando reality-shows) no horário nobre da TV norte-americana, com a renovação do contrato já anunciada para uma 28ª temporada.

“Eu não sei o que vai acontecer no futuro do entretenimento doméstico”, continua o produtor, “mas acho que sempre terá algo a ver com algum aspecto da telona da TV”.

“Eu não sei por que pararíamos”, diz Silverman sobre “Os Simpsons”, criado em colaboração com Matt Groening, James L. Brooks e o falecido Sam Simon. “Estamos nos divertindo muito”.

*Michael Cavna é escritor, artista e cartunista, criador da coluna “Comic Riffs” e resenhista de quadrinhos para a seção de livros do The Washington Post. Aprecia a sátira bem feita em quase todas as formas.

Tradução: Adriano Scandolara
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