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Richard Clayderman, de 55 anos, é conhecido como “O Príncipe do Romance” | Divulgação/Poladian Produções
Richard Clayderman, de 55 anos, é conhecido como “O Príncipe do Romance”| Foto: Divulgação/Poladian Produções

Você já ouviu falar de Richard Clayderman? Não? Mas, com absoluta certeza, você já ouviu Richard Clayderman. A música do pianista francês, popularizada por "Ballade pour Adeline" – canção que fez sucesso Brasil no começo da década de 1980 e que ainda hoje é providencial para discursos emocionados e esperas ao telefone – o coloca hoje na 56ª posição do ranking da Federação Internacional da Indústria Fonográfica. São cerca de 80 milhões de discos vendidos e mais de mil shows pelo mundo em 30 anos de carreira. O "Príncipe do Romance" se apresentará no próximo dia 12, no Teatro Positivo, em Curitiba, e promete destilar o romantismo que marcou sua carreira e a simpatia transbordante que demonstrou com a reportagem da Gazeta do Povo.

Philippe Pagès, verdadeiro nome de Richard, ouvia seu pai ao piano desde seus quatro anos de idade. No ano de 1968, em Viena, na Áustria, fez o primeiro concerto. O esperado nervosismo deu o tom. "Foi um pouco difícil porque eu não sabia como me comportar perante o público", disse o músico, que, antes de ficar mundialmente conhecido por interpretar clássicos como "Dolannes Melody", "For Love" e "Letter to My Mother", já se aventurou em outras batidas. Aos 17 anos, o fã de Paul McCartney e James Taylor tocava teclados em bandas de garagem. Não deram certo. "Foi bom para eu conhecer outros estilos, mas isso acabou há muito tempo", comentou.

A mudança

A redenção às baladas românticas aconteceu em 1976. Olivier Toussaint, produtor francês, compôs uma música em homenagem a Adeline, sua filha recém-nascida. Toussaint realizou um concurso entre 30 músicos e Richard Clayderman foi o vencedor, garantindo o direito de executar a obra e gravá-la em LP. Nascia, então, "Ballade pour Adeline", música com pouco mais de três minutos que alavancou sua carreira por, pelo menos, três décadas.

"Fui muito sortudo em ter interpretado essa música e a ter acrescentadoao meu repertório. Tive oportunidades de tocá-la em todo o mundo e nos meus concertos atuais também toco, porque as pessoas esperam por ela", disse Richard, que já lançou mais de 150 discos, incluindo títulos curiosos (A Mágica da Música Brasileira, Minha Coleção Australiana) e odes ao romantismo, como A Chave do Amor e Doces Lembranças.

Richard Clayderman não é compositor. É intérprete e tem o piano como companheiro. Qual o segredo, então, do sucesso que conseguiu atravessar pelo menos duas gerações? "O segredo é que eu amo tocar piano. Minha platéia gosta de ouvir boa música. O segredo é o meu estilo", resumiu o francês, que se apresenta no Brasil pela quarta vez.

Para o pianista, a música é uma só e acaba, invariavelmente, no romantismo. "Quanto mais sucesso uma canção clássica faz, mais popular e acessível para o público ela fica. Acho que as pessoas gostam tanto da minha música porque tento tocar o melhor que posso. Tento passar sensibilidade pelo meu coração e pelo piano", revelou.

Para os shows no Brasil, o clássico eternizado "Ballade pour Adeline" – com algo a mais – e, talvez, uma ou outra composição brasileira em companhia de seis músicos que Clayderman ainda não conheceu. "Há detalhes que fazem "Ballade pour Adeline" soar diferente. Vou sentir o público na hora tentar dar um ‘turbo’ nela", disse o fã das melodias de Antônio Carlos Jobim e das músicas de Toquinho e Vinícius. O que é certo no repertório é "My Heart Will Go On", tema do filme Titanic (1997). Não esqueça o lenço.

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Serviço

Richard Clayderman – Teatro Positivo (R. Prof. Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3081. Dia 12 de setembro, às 21 horas. Ingressos de R$ 80 a R$ 200 (inteira) e de R$ 40 a R$ 100 (meia).

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