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“Gosto de ler textos de revistas universitárias de várias partes do mundo. Talvez indique uma insatisfação minha com o material publicado hoje pelas editoras e pela imprensa.” -Rubens Figueiredo, escritor. | Divulgação
“Gosto de ler textos de revistas universitárias de várias partes do mundo. Talvez indique uma insatisfação minha com o material publicado hoje pelas editoras e pela imprensa.” -Rubens Figueiredo, escritor.| Foto: Divulgação

Bate-papo

Um Escritor na Biblioteca – Rubens Figueiredo

Auditório Paul Garfunkel – Biblioteca Pública do Paraná (R. Cândido Lopes, 133), (41 3221-4900. Hoje, às 19 horas. Entrada franca.

Não é fácil ser leitor quando se é Rubens Figueiredo. O escritor e tradutor carioca divide as horas do dia entre sua produção literária, seu trabalho como professor do estado em três noites por semana, e traduções direto do russo ou do inglês que raramente são modestas em tamanho – entre seus últimos trabalhos estão A Ponte Invísivel, da americana Julie Orringer, de 728 páginas, e o clássico russo Guerra e Paz, de Tolstói, com nada menos que 2.536 páginas. Isso tudo sem se esquecer de que a vida não é só trabalho. "A quantidade de trabalhos que recebo é grande, e ainda não estou em condições de recusá-los, então, a rigor, a minha vida de leitor é bem reduzida", comenta Figueiredo.

Sobre essas e outras questões o autor fala hoje, a partir das 19 horas, no audiório Paul Garfunkel da Biblioteca Pública do Paraná (BPP), como parte do projeto Um Escritor na Biblioteca, que traz mensalmente um autor para conversar com o público sobre sua obra e sua relação com os livros e as bibliotecas. Sucesso de crítica e público com O Passageiro do Fim do Dia (prêmio São Paulo de Literatura e Portugal Telecom em 2011), Figueiredo guarda em sua biblioteca pessoal muitos livros de referência para suas pesquisas como tradutor, mas, ultimamente, lê materiais completamente fora de seu universo: "Gosto de ler materiais do site SciELO [Scientific Eletronic Library Online], que reúne textos de revistas universitárias de várias partes do mundo. É algo estranho para mim, que não sou nem professor nem aluno de universidade, mas talvez indique uma insatisfação minha com o material publicado hoje pelas editoras e pela imprensa".

Fora isso, o escritor diz ser uma pessoa desapegada com os livros. "Tenho 56 anos, estou juntando livros há mais de 30. Quando meu quarto encheu, fui me descartando de alguns títulos... alguns dos quais me arrependo de ter dado, nunca mais consegui encontrar depois", conta o escritor com bom-humor, e completa: "Alguns eu guardo por razões diversas, mas sem idealizar essas coisas. Para mim, o livro precisa ser lido e dizer o que tem para dizer. Isso é o fundamental".

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