• Carregando...
Babymetal e Alice Cooper | Reprodução Twitter
Babymetal e Alice Cooper| Foto: Reprodução Twitter

Enquanto medalhões do metal como Slayer, Carcass e Lamb of Gods se rendem ao rostinho kawaii (fofo) das meninas do Babymetal, muitos fãs mais tradicionais – os chamados true fãs – torcem o nariz. O trio formado por Suzuka Nakamoto (Su-metal), Yui Mizuno (Yuimetal) e Moa Kikuchi (Moametal) lançou seu segundo disco “Metal Resistance” e vive uma relação de amor e ódio com os fãs.

Rob Zombie, por exemplo, defendeu a banda de um comentário negativo em uma postagem uma rede social. Quando um fã comentou que achava ridículo o artista defender as garotas e que as considerava horríveis, a resposta do artista foi: “Elas são mais pesadas que você”, se referindo às características do som das meninas.

Com alguns lançamentos independentes - “Doki Doki Morning” (2011) e “Babymetal × Kiba of Akiba” e “Head Bangya” (2012) – foi apenas com o single solo “Ijime, Dame, Zettai” que as japonesas viram sua carreira decolar. O primeiro álbum homônimo foi lançado em 2014 e o desempenho rendeu apresentações em festivais como o Sonisphere (para 65 mil pessoas) ou o Reading and Leeds Festival, em 2015, para mais de 90 mil pessoas.

Resistência

Parece, no entanto, que nem mesmo esses números ou ainda os elogios das grandes publicações do gênero como a Kerrang! ou a Metal Hammer são credenciais suficientes para conquistar os fãs mais conservadores. Enquanto se discute a lacuna deixada no rock/metal pela aposentadoria de bandas como Black Sabbath, Mötley Crue e Motorhead, muitos não veem de modo positivo a atuação das meninas.

É o caso de Daniel “Danmented” guitarrista das bandas curitibanas Imperious Malevolence e Axecuter. Ele se diz “extremamente contrário a existência dessa banda”, segundo ele “ela não se dedica à música de verdade, não passando de uma jogada de marketing para tentar trazer um público mais jovem ao estilo”, protesta. Compara a banda a uma espécie de “Menudos do metal”, algo como uma onda passageira.

Opinião semelhante é a de Leonardo Barzi, baixista e letrista da banda “Mercy Killing”. Segundo ele “não é uma banda a ser levada a sério. Algo como o Massacration da geração atual, uma piada capaz de render muito dinheiro”, reflete.

Atualmente, a banda promove o segundo disco “Metal Resistance”, lançado em 2016. Uma mistura de speed metal com elementos de metal que já na estreia alcançou a 39ª posição do Top 200 da Billboard. Parece que não adianta espernear, as meninas do Baby Metal vieram para ficar.

Confira o clipe de “Karate”

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]