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Embalada na venda de mais de 500 mil cópias de seu CD "Le Fil" em seu país de origem, a cantora francesa Camille desembarca nesta quarta-feira no Teatro Odisséia, no Rio de Janeiro, para o último show de sua curta turnê sul-americana. Ela esteve no país no ano passado, acompanhando o grupo Nouvelle Vague, que faz versões em bossa nova para clássicos do punk rock. No entanto, o que será visto pelos cariocas nada tem a ver com o trabalho da banda. Aliás, Camille avisa que esta foi uma experiência que não se repetirá.

- Com o Nouvelle Vague eu me divertia como clichê da cantora sedutora dos anos 60. Na minha música, eu passo algo mais pessoal - diz, ao comentar sua performance solo e descartar nova incursão com a banda. - Foi como desempenhar um grande papel em um filme, mas não estarei no Nouvelle Vague 2. Estou muito ocupada com meu trabalho.

Nas últimas semanas, a cantora passou por Rosário e Buenos Aires, na Argentina, e por Recife (no Abril Pro Rock) e São Paulo, já no Brasil. Nos shows, ela mostra músicas de seus dois dicos - "Le sac des filles" (2002) e "Le fil" (2005). Entre os destaques, está a canção que abre o disco mais recente, "La jeune fille aux cheveux blancs" .

"Estou na idade onde não dormimos em lugar nenhum/As únicas camas das quais sonhamos são as estações de trem", canta ela, antes de se definir como "A jovem com o cabelo branco". Com seu novo trabalho, Camille tem tudo para seguir a trilha de Manu Chao, com canções de muito apelo latino e sonoridade estranha ao universo pop, que terá a ganhar com a musicalidade desta francesinha de 26 anos.

No Recife, Camille não teve dificuldade para envolver a dispersa platéia do Abril Pro Rock. Mas, na parte final - e mais introspectiva - do show, acabou ouvindo o ensurdecedor burburinho dos desatentos. No Rio, em um palco só para ela, certamente terá mais atenção. A cantora estará acompanhada de Martin Gamet (baixo e percussão) e Matthew Ker (piano e acordeon).

- Eu faço loops com minha voz ao vivo. E todos nós fazemos beatbox e percussão corporal. Eu gosto de uma banda mínima. Com pouca gente, você tem que dar seu máximo para ser criativo e múltiplo.

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