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Emma Watson, de “Harry Potter”, vive versão empoderada da jovem que é aprisionada por um príncipe transformado em Fera (Dan Stevens). | Walt Disney Studios/Divulgação
Emma Watson, de “Harry Potter”, vive versão empoderada da jovem que é aprisionada por um príncipe transformado em Fera (Dan Stevens).| Foto: Walt Disney Studios/Divulgação

Trata-se de um antigo conto francês de 1740, imortalizado nos anos 1990 em forma de animação pela Disney, que agora aposta em atores de carne e osso para dar roupa nova à eterna magia de “A Bela e a Fera”.

Desde que o diretor Jason Scott Lee irritou os puristas com um Mogli adulto em “O Livro da Selva” (1994), os estúdios Disney lançaram várias versões atualizadas de seus desenhos animados mais famosos, gerando US$ 4 bilhões em todo o mundo.

Nos últimos anos, este processo se acelerou, tendo em conta os resultados muitas vezes inesperados nas bilheterias.

Depois de “Cinderela” (2015) e mais uma versão de “Mogli: O Menino Lobo” (2016), com efeitos especiais de cair o queixo, é a vez de “A Bela e a Fera”, um dos tesouros da Disney, de receber um lifting em versão live.

Com a inglesa Emma Watson, de 26 anos, que cresceu interpretando Hermione Granger na saga “Harry Potter”, no papel de Bela, o filme estreou nesta quinta-feira (16) nos cinemas brasileiros.

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É pouco dizer que a obra é ansiosamente esperada: seu trailer foi visto 92 milhões de vezes em um único dia, um recorde.

“A Bela e a Fera”, que revisita a animação de 1991, custou a soma impressionante de US$ 300 milhões, mas não deve ter dificuldades em recuperar seus custos.

Já se tornou o filme para toda a família que mais vendeu ingressos em pré-venda da história, de acordo com o site Fandango, batendo “Procurando Dory”.

Os analistas esperam US$ 150 milhões em receita durante seu fim de semana de estreia.

Imagem desnuda

Também poderá ser um dos remakes mais controvertidos da história da Disney.

Muitas polêmicas movimentaram as redes sociais: da forma do bule da Sra. Potts a uma imagem um pouco desnuda de Emma Watson na revista Vanity Fair, que se defendeu dizendo que expor o contorno dos seios não contradiz o seu compromisso de embaixadora das Nações Unidas para a causa das mulheres.

Para não esquecer a polêmica sobre “Le Fou”, o puxa-saco de Gaston, claramente gay na nova versão (interpretado por Josh Gad), o que faz dele o primeiro personagem abertamente LGBT dos estúdios Disney.

Pelo menos um cinema do Alabama, estado conservador do sul dos Estados Unidos, recusou-se a exibir o filme. E o governo russo propôs uma proibição antes de declarar o filme impróprio para menores de 16 anos, enquanto o governo da Malásia optou pela censura, cortando “um momento gay”.

“Qual é o propósito desta história de 300 anos? Trata-se de olhar mais de perto e aceitar as pessoas pelo que elas realmente são”, afirma o diretor Bill Condon (“Crepúsculo”, “Dreamgirls”) em uma coletiva recente com jornalistas, em Beverly Hills.

“De uma forma simbólica para a Disney, incluímos todo o mundo”, acrescentou.

Seis anos após o último dos oito “Harry Potter”, Emma Watson, que recusou o papel que valeu o Oscar a Emma Stone em “La La Land” para poder incorporar Bela, realiza o mais importante papel de sua vida adulta.

“O slogan do filme é ‘um conto tão antigo quanto o mundo’ e é verdade”, estimou a atriz na pré-estreia em Hollywood do filme, cujo cartaz apresenta uma verdadeira constelação: Kevin Kline, Emma Thompson, Ewan McGregor, Ian McKellen, Stanley Tucci... e Dan Stevens (de “Downton Abbey”) na pele peluda da Fera.

“Eu adoro o fato de que, em nossa versão, a Bela não é alguém distante e isolada. No nosso filme, ela é uma militante em sua própria comunidade”, destacou Emma Watson, que disse amar tanto a versão cinematográfica de Jean Cocteau e René Clément de 1946 quanto a animação de 1991.

Se você não é um fã das versões ‘live action’ dos clássicos da Disney, é melhor se preparar para os próximos anos: 13 outros títulos estão atualmente em várias fases de produção, incluindo “Cruela” - a vilã de “101 Dálmatas” - “Mulan”, “Dumbo” e “Aladdin”.

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