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Cena de “Beasts of No Nation”. | Divulgação
Cena de “Beasts of No Nation”.| Foto: Divulgação

Provável candidato ao posto de filme mais violento da mostra competitiva do Festival de Veneza, “Beasts of No Nation”, de Cary Fukunaga, foi exibido nesta quinta-feira (3).

O longa é recheados de cenas explícitas. Em uma delas, em um único plano sequência, registra uma casa a ser alvejada por fuzis, o estupro de uma mulher e várias mortes a tiros.

Noutra, um menino é instruído a cortar a cabeça de um prisioneiro. Ele titubeia - e ouve que o golpe será simples “como cortar melão”.

Primeira investida da Netflix no território dos festivais, o longa acompanha a descida ao inferno de um menino que é sequestrado e forçado a lutar como soldado ao lado de rebeldes. A obra é baseada no romance homônimo do nigeriano Uzodinma Iweala.

Fukunaga, diretor da série “True Detective”, nega semelhanças entre os personagens do filme e os jovens recrutados por organizações extremistas como o Boko Haram, de inspiração islâmica.

“Quis evitar a religião, essa oposição entre cristãos e muçulmanos”, disse em conferência de imprensa.

O inglês Idris Elba (“Mandela”) interpreta o líder rebelde que recruta crianças como mercenários, um sujeito até carismático, que encanta os meninos. “Não queria um ditador, queria um senhor da guerra mais pé no chão.”

A trama, rodada em Gana, não explicita a nação da África subsaariana em que o filme se passa nem a guerra civil em questão.

Alguns dos meninos que participam da produção, a maioria sem experiência prévia, foram testemunhas de conflitos em nações como Libéria e Serra Leoa. “Houve uma preocupação para que o longa não irrompesse traumas”, disse Fukunaga. “Tudo parece muito violento e extremo na tela, mas essa intensidade não esteve no set.”

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