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Ator austríaco (ao centro) volta ao icônico papel em filme frágil e recheado de autorreferências. | Divulgação
Ator austríaco (ao centro) volta ao icônico papel em filme frágil e recheado de autorreferências.| Foto: Divulgação

Sobra pouco além de autorreferência em “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, novo filme da saga iniciada em 1984 sobre máquinas assassinas viajantes no tempo.

Dirigida por Alan Taylor (de “Thor”, 2013), a produção traz Arnold Schwarzenegger de volta ao seu maior papel e revive os personagens mais queridos dos cultuados dois primeiros filmes dirigidos por James Cameron. Mas o quinto título da saga não passa de um filme de ação ordinário, mesmo com seus mais de US$ 150 milhões de dólares investidos em tecnologia.

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Uma decepção, já que, depois de dois filmes considerados fracos – um deles sem a participação de Schwarzenegger –, o novo capítulo prometia ser mais interessante ao entrar novamente no universo de Cameron.

A história começa em 2029, no mundo destruído pelas máquinas que o primeiro “Exterminador”, em 1984, não consegue mostrar. A história que os fãs já conhecem é recontada com efeitos especiais poderosos: John Connor (Jason Clarke), líder da resistência humana, envia um de seus soldados, Kyle Reese (Jai Courtney) a 1984 para proteger sua mãe, Sarah Connor, de um Exterminador T-800 enviado pelas máquinas para matá-la.

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A chegada do Exterminador e Reese a Los Angeles parece um remake, o que pode ser bem divertido para quem tem os filmes anteriores frescos na memória. Mas as reviravoltas que pretendem tornar “Gênesis” uma linha do tempo própria e independente de todos os filmes anteriores acabam construindo uma história frágil: o passado a que Reese e o T-800 foram enviados não existe mais. Sarah (Emilia Clarke), acompanhada por um T-800 que chegou 10 anos antes para protegê-la de um exterminador enviado para matá-la ainda criança, já espera pela chegada dos dois. Esta diferença de tempo é usada para justificar o envelhecimento do tecido humano que envolve o novo ciborgue interpretado por um Schwarzenegger já quase setentão.

Sarah e seu guardião, que ela chama de “pops”, derrubam o T-800 (na cena em que o ator austríaco luta contra sua versão mais jovem) e dão continuidade à missão de alterar o futuro e tentar impedir o dia do Juízo Final. Mais linhas do tempo paralelas, no entanto, trazem reviravoltas capazes de dar um nó na cabeça do espectador (como se a lógica da história original, em que Connor manda ao passado um de seus soldados para proteger sua mãe e ser seu próprio pai, já não fosse complicada).

A nova história é contada de forma a recriar toda a sorte de cenas, reciclar temáticas e citar jargões dos outros filmes – piada que Schwarzenegger não faz questão de esconder no novo papel, que tem um novo lema: “velho, mas não obsoleto”. Mas as piscadelas de olho para os velhos fãs não são o bastante para sustentar o novo filme, carente do charme de seus divertidos precursores. GG

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