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Cena do documentário canadense Marcas da Água, em cartaz nos cinemas. | Ed Burtynsky/Divulgação
Cena do documentário canadense Marcas da Água, em cartaz nos cinemas.| Foto: Ed Burtynsky/Divulgação

Em seu primeiro trabalho como diretor, o renomado fotógrafo canadense Edward Burtynsky percorreu diversos países do mundo para mostrar a interação das sociedades com a água, no documentário Marcas da Água, que estreou na quinta-feira (26) em Curitiba e outras seis capitais brasileiras.

Vencedor do prêmio de melhor filme canadense no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2013, o longa-metragem mostra as diferentes formas de interação do homem com um dos bens mais precisos e ameaçados do planeta terra a partir de histórias movidas por contextos próprios.

As questões políticas, antropológicos e sociais são as mais evidentes, mas a própria interação natural da água com o ambiente também ganha destaque por questões pessoais e profissionais. Burtynsky, que assina a direção do vídeo com a cineasta Jennifer Baichwal, é especialista em retratar as paisagens alteradas pela ação do homem e de seus inventos, no que se pode traduzir como uma crítica sem palavras.

Ainda que apresente um registro plástico e artístico impressionante, Marcas da Água propõe mais do que cumpre. As cenas estonteantes não são suficientes para o espectador que aguarda uma abordagem mais crítica sobre o assunto, que há décadas tem orientado as pautas de discussões governamentais e da sociedade civil. Talvez, a falta de discursos e diálogos seja o que enfraquece a produção.

Ainda assim, o longa, com sua abordagem neutra mas não indiferente, preocupa quem o vê. A obra pode não colocar de maneira direta toda a complexidade que envolve a relação do homem com a água, porém, sugere reflexões que transpõem a sala de cinema.

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